30 de maio de 2011

Vota Helena André...mas baixinho para não incomodar a troika!


Helena André diz que o Governo, que é um "Governo de gestão", não pode tomar decisões sobre o aumento do salário mínimo imediato. Tem toda a razão. Como pode um Governo que chama 3 máfias internacionais, congela as pensões, corta os salários, reduz os subsídios desemprego e o abono de família, privatiza empresas lucrativas, corta no investimento público, decidir sobre a subida do salário mínimo. Vocês tem cada uma (cá para nós, bem baixinho, até dizem por aí que subir o salário mínimo cria desemprego...)

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29 de maio de 2011

28 de maio de 2011

A única coisa de Esquerda na campanha do PS...

Que Duplo Movimento queremos?





O Duplo Movimento (Polanyi, 1944): momento #1) uma agenda política de emancipação da economia do controlo político – liberalizações, privatizações e independência legal das autoridades de regulação – que desincrustra o mercado do tecido social; momento #2) a sociedade reage intuitivamente para se proteger da desagregação produzida pela mercadorização extensiva da vida social, que destrói as relações sociais e destrói a natureza.


Joseph Stiglitz, sobre as políticas macroeconómicas liberais na Rússia, nos anos 90, após a intervenção do FMI:


“(…) Os empréstimos eram, na sua maioria, empréstimos

do sector privado feitos a privados; há uma forma convencional de lidar com situações em que os devedores não podem pagar o que devem: falência. A falência é um elemento central do capitalismo moderno. Mas o FMI disse ‘não’, que a falência seria uma violação da santidade dos contractos. Mas não tiveram qualquer pudor em violar um contracto ainda mais importante, o contracto social. Preferiram disponibilizar fundos aos governos para salvar os credores estrangeiros, que haviam falhado na sua actividade de concessão de crédito. Ao mesmo tempo, o FMI forçou políticas com custos enormes para inocentes, os trabalhadores e pequenas empresas sem qualquer papel na crise.”

“(…) não só as políticas económicas contribuíram para uma ruptura de relações sociais antigas: a ruptura nas relações sociais teve efeitos económicos muito adversos.”

“A fuga maciça de capitais não foi surpreendente. Dada a ilegitimidade do processo de privatizações, não existia um consenso social por detrás dele. Aqueles que mantinham o seu dinheiro na Rússia tinham toda a legitimidade para temer perde-lo assim que um novo governo se instalasse. Mesmo sem estes problemas políticos, é óbvio porque é que um investidor racional preferiria colocar o seu dinheiro no florescente mercado accionista dos Estados Unidos, em vez de num país em verdadeira depressão.”

Prefácio a The Great Transformation, de Karl Polanyi [2001(1944)]


“Enquanto a economia laissez-faire foi o produto da acção deliberada do Estado, as restrições subsequentes ao laissez-faire iniciaram-se de forma espontânea. O laissez-faire foi planeado; o planeamento não. (…) [A] ideia de um mercado auto-regulável era utópica e o seu progresso foi obstruído pela autoprotecção realista da sociedade."

Karl Polanyi, The Great Transformation [2001(1944)]



Agora importa fazer com que a autoprotecção espontânea da sociedade não repita a história, que siga o caminho da democracia económica internacionalista em vez do ressurgimento de forças nacionalistas fascistas. No caso presente concreto, importa um Duplo Movimento europeísta.

Acampada de Barcelona expulsa Polícia de Choque e retoma a Plaza de Catalunya


Comentário algures no Facebook:

Histórico: miles de personas Hemos vuelto a tomar Plaza Catalunya, la policia se ha tenido que retirar ante el empuje de la gente. En dos horas carpas y pancartas vulven a estar montadas. Nos preparamos para una manifestación épica que partira de la estatua de Colon hasta la Plaza Catalunya subiendo por las Ramblas.

Esto es ( o sinó se le parece) LA REVOLUCIÓN!!!!

Para quem não viu, não sabe, nem ouviu falar da expulsão da Acampada de Barcelona pela Polícia de choque, sugiro que veja esta brutalidade sem explicação.

26 de maio de 2011

Què passa si no votes?



si no votes... (Com as devidas adaptações e traduções e enriquecido com os resultados eleitorais que provaram, pela confirmação do mau cenário, os avisos deste vídeo)

Vamos lá ver o gráfico, mas agora com um bocadinho mais de seriedade

a minha resposta a este artigo de Paulo Pedroso sobre a necessidade de reduzir os custos unitários do trabalho.


Os números e os gráficos têm de facto a vantagem de poder ser utilizados para provar qualquer teoria, a que se queira, a mais vantajosa. Mas não deixa de ser desonesto tentar convencer um povo inteiro a pagar com austeridade um divida que não lhe pertence, dizendo-lhe que andou a “viver acima das suas possibilidades”.
Sobre o gráfico

1. Os custos unitários do trabalho são um indicador que procura medir a competitividade de um país dividindo os custos nominais do trabalho (salários, contribuições para a segurança social etc.) pelo produto real (PIB).

2. Em pormenor, estamos a dividir salários nominais, ou seja, salários que levam em conta a inflação, pelo produto real, onde não consta a inflação.
3. O que é que isto quer dizer? Que os países onde a inflação foi maior, curiosamente os países periféricos, aumentaram mais os seus salários NOMINAIS que os países onde não houve inflação. Isto não implica um aumento nos salários reais, apenas a manutenção do poder de compra.

4. E a verdade? Se analisarmos a compensação real do trabalho verificamos que desde 1995 que Portugal evolui a par da Alemanha

5. E a verdade II? Se analisarmos a produtividade real do trabalho verificamos que cresceu mais depressa em Portugal nos últimos 10 anos que na Alemanha

(está aqui: http://www.researchonmoneyandfinance.org/media/reports/eurocrisis/fullreport.pdf)

Mas por que é que os custos do trabalho são menores na Alemanha?

6. A Alemanha implementou nos últimos anos uma estratégia de compressão dos seus próprios salários reais que congelou o seu poder de compra interno.

7. O que é que isto quer dizer? Que a Alemanha só cresce à custa das exportações, já que a sua população não consume, e que tem uma economia que, salvo o sector exportador, está estagnada.

8. A Alemanha só enriqueceu porque os países do sul se estavam a endividar. A Alemanha produz para vender aos países periféricos que, para comprar, vão pedir dinheiro emprestado aos bancos Alemães, provocando uma enorme transferência de rendimentos para a periferia sob a forma de crédito, mantendo a própria Alemanha em posição deflacionada.

E? o que é que há de errado na estratégia neomercantilista da Alemanha?

9. Se todos os países adoptarem a mesma estratégia de compressão de salários reais internos, não haverá ninguém para importar e portanto uma saída pelas exportações não é viável. Só pode haver uma Alemanha na Europa, e é uma mentira acenarem-nos essa cenoura.

Mas a competitividade depende mesmo dos salários?

10. NÃO

11. MOEDA SOBREVALORIZADA - há estudos feitos, nomeadamente pelo professor João Ferreira do Amaral que defendem claramente este facto. A Alemanha quando adoptou o euro entrou como marco desvalorizado, enquanto Portugal entrou para a UM com o escudo sobrevalorizado, o que prejudicou as exportações e a competitividade.

12. PREÇO DA ENERGIA – uma das fontes de perda de competitividade das empresas portuguesas

13. SISTEMA DE JUSTIÇA – recentemente apontado como um dos principais factores que impedem as empresas de se fixar em Portugal (isto dizem estudos de grandes consultoras)

14. PREÇO DO FINANCIAMENTO – enquanto há 20 anos atrás os salários eram uma forte componente no orçamento das empresas, hoje é o preço a que se financiam que pesa. Os juros que pagam ao banco pelo crédito, mesmo o de tesouraria.

15. CONFIGURAÇÃO INSTITUCIONAL EUROPEIA - Um Banco Central que protege apenas os interesses da Alemanha, por exemplo. Uma política agrícola comum que destruiu o todo o nosso sistema produtivo agrícola.

Percebo a pressa de alguns para tirar rapidamente conclusões convenientes, mas está na altura de introduzir alguma honestidade e decência na forma como utilizamos dados, indicadores e argumentos económicos para convencermos as pessoas a aceitar o que não as beneficia, nem à economia.

24 de maio de 2011

Ainda o comício de Évora

só se veio provar que os imigrantes fazem os trabalhos degradantes que os portugueses se recusam a fazer: apoiar o PS neste caso.

Democracia contra o terrorismo


Em contraciclo com a vitória do PP em 10 das 13 comunidades, a coligação Bildu, formada por partidos da esquerda soberanista basca e independentes, conquistou o segundo lugar no País Basco com 25% (atrás do PNV). Pello Urizar, líder do Bildu, afirma que o resultado eleitoral implica "a retirada da ETA". É democracia, não o terrorismo, o caminho à esquerda para uma maioria popular.

DECÁLOGO ÉTICO DE BILDU

1.- Toda la actividad que desarrolle en su cargo será pública, y la gestión totalmente transparente. Se realizará declaración jurada de patrimonio.

2.- Se dará voz y poder a los ciudadanos, fortaleciendo el papel de la sociedad civil.

3.- Se establecerán mecanismos de control interno del trabajo realizado, que deberán ser eficaces para el objetivo de satisfacer las necesidades básicas de las personas.

4.- Se garantizará la convivencia en un ambiente de paz, seguridad y respeto del derecho internacional, los derechos humanos y las libertades fundamentales.

5.- Desarrollarán una ética global para, recuperando valores perdidos, que tengan en cuenta los efectos de cuanto hacemos, y nos hagan ser más responsables.

6.- El cargo para el que cada persona es elegida no es propio. En el caso de que el elegido desee por propia voluntad, o por otro motivo, abandonar el ámbito en el que se ha presentado, no podrá mantenerlo integrándose en otro grupo.

7.- Trabajar para la consecución de derechos plenos para las mujeres.

8.- Se actuará en base al acuerdo y el consenso desde lo que nos une, pactando las diferencias.

9.- Es firme el compromiso de actuar utilizando única y exclusivamente vías/métodos políticos, pacíficos y democráticos, lo que lleva aparejado la oposición por todos los medios que legítimamente tenga a su alcance, a cualquier acto o actividad que suponga agresión o violación a cualquier derecho humano y al uso de la violencia para lograr objetivos políticos.

10.- El diálogo, la negociación y el acuerdo es el método de trabajo.


#acampadalisboa: apresentação do 1º Manifesto do Rossio

23 de maio de 2011

Todos ao Rossio!



Este Manifesto encontra-se em processo de elaboração e aberto a propostas. Não é um documento definitivo. 
1º Manifesto do Rossio
Os manifestantes, reunidos na Praça do Rossio, conscientes de que esta é uma acção em marcha e de resistência, acordaram declarar o seguinte:
Nós, cidadãos e cidadãs, mulheres e homens, trabalhadores, trabalhadoras, migrantes, estudantes, pessoas desempregadas, reformadas, unidas pela indignação perante a situação política e social sufocante que nos recusamos a aceitar como inevitável, ocupámos as nossas ruas. Juntamo-nos assim àqueles que pelo mundo fora lutam hoje pelos seus direitos frente à opressão constante do sistema económico-financeiro vigente.
De Reiquiavique ao Cairo, de Wisconsin a Madrid, uma onda popular varre o mundo. Sobre ela, o silêncio e a desinformação da comunicação social, que não questiona as injustiças permanentes em todos os países, mas apenas proclama serem inevitáveis a austeridade, o fim dos direitos, o funeral da democracia.
A democracia real não existirá enquanto o mundo for gerido por uma ditadura financeira. O resgate assinado nas nossas costas com o FMI e UE sequestrou a democracia e as nossas vidas. Nos países em que intervém por todo o mundo, o FMI leva a quedas brutais da esperança média de vida. O FMI mata! Só podemos rejeitá-lo. Rejeitamos que nos cortem salários, pensões e apoios, enquanto os culpados desta crise são poupados e recapitalizados. Porque é que temos de escolher viver entre desemprego e precariedade? Porque é que nos querem tirar os serviços públicos, roubando-nos, através de privatizações, aquilo que pagámos a vida toda? Respondemos que não. Defendemos a retirada do plano da troika. A exemplo de outros países pelo mundo fora, como a Islândia, não aceitaremos hipotecar o presente e o futuro por uma dívida que não é nossa.
Recusamos aceitar o roubo de horizontes para o nosso futuro. Pretendemos assumir o controlo das nossas vidas e intervir efectivamente em todos os processos da vida política, social e económica. Estamos a fazê-lo, hoje, nas assembleias populares reunidas. Apelamos a todas as pessoas que se juntem, nas ruas, nas praças, em cada esquina, sob a sombra de cada estátua, para que, unidas e unidos, possamos mudar de vez as regras viciadas deste jogo.
Isto é só o início. As ruas são nossas.

22 de maio de 2011

Demo.crática






No último dia 20, na conferência SPIE-UP, foi lançado o Demo.cratica -- um projectoindependente, livre e autónomo dedicado a oferecer uma nova visão sobreo Parlamento Português.




Os princípios do Demo.cratica são: *Livre acesso sem restrições* O Demo.cratica é, e será, um website de acesso livre e gratuito. NoDemo.cratica não há, nem haverá, lugar a anúncios pagos ou conteúdosrestritos.*Software livre* O Demo.cratica é integralmente construído com recurso a softwarelivre. E seguindo o seu espírito, o código fonte do website é tambémsoftware livre, permitindo a qualquer pessoa a sua análise, modificaçãoe redistribuição segundo os termos da licença livre AGPL. (serápublicado brevemente.)*Neutralidade* Não existe qualquer edição ou manipulação de conteúdos noDemo.cratica, para além da redacção e remoção de elementos secundáriosdas transcrições. Tecnicamente, o Demo.cratica consiste em duas partes: um conjunto deferramentas de extracção, análise e catalogação da informação pública, eum website para mostrar essa informação de uma forma simples e eficaz.



ACEDE AQUI


Zizek e o "fazer qualquer coisa"

Luís Fazenda escreve (a pag.s 39-45 de A Comuna nr. 25) sobre Slavoj Zizek, nomeadamente analizando criticamente o livro Da tragédia à Farsa:

"Slavoj Zizek é um pensador a reter, hábil no modo como desconstrói a ideologia dominante através da exposição crua dos seus lugares-comuns culturais, eficaz quando utiliza a razão lógica para pôr em cheque muitos dos absurdos que são tomados por racionais na ordem mediática.
(...)
"Zizek deixou de lado da análise marxista tudo o que releva da economia: a exploração capitalista da força de trabalho, a anarquia do mercado, o processo de centralização da propriedade de meios de produção e troca, o imperialismo como guarda da posição dominante de mercado. A produção do ambiente, a privatização da propriedade intelectual, a alienação do controlo biológico, alguns dos expoentes do capitalismo dos dias de hoje, e expressão da selva na civitas, não são outra coisa que o desenvolvimento do lucro privado sobre o trabalho social acumulado.
(...)
"Zizek até reconhece como foi funesto para o "socialismo realmente existente" ter ignorado a democracia. Não fixa, porém, sobre isso qualquer necessidade própria, nem indicação teórica, para o papel da democracia no combate ao capitalismo, nem garantias sobre a soberania popular que o socialismo há-de ter.
(...)
"É, de facto, preciso trazer novas "luzes" ao pensamento revolucionário para actualizar o marxismo, quer com as metamorfoses do capitalismo, quer com a correcção dos erros do socialismo que o deixaram a perder. (...) Zizek "não sabe o que devemos fazer", sublinha-se a honestidade do conteúdo. Mas antes de fazer qualquer coisa, caro leitor pense e pense com os sujeitos colectivos da luta de classes."

19 de maio de 2011

Politica de Verdade

Passos Coelho apresenta-se como candidato ao emprego de Primeiro Ministro:

Aqui na TSF

O Balsemão deve-me dinheiro



O Expresso decidiu criar uma "sandbox" na sua homepage que tem o honorífico título de "O melhor do twitter portugal 2011".

Subscrevo o post da Fernanda Câncio e considero esta "esperteza saloia" para lá do aceitável.

Actualização:

O twitter itself está determinado a acabar com estes usos abusivos das empresas:

Uma das medidas a implementar prevê que as empresas que tenham aplicações para aceder directamente aos tweets do utilizador terão que pedir permissão para tal, mesmo que já o tenham feito anteriormente e quem não necessite já desse acesso irá ver o mesmo cortado.

A outra área em que a privacidade foi aumentada, tem a ver com a introdução de um mecanismo que permite aos utilizadores saber, de forma concreta, quais os dados que estão a ser disponibilizados para determinada aplicação.


via @domingosmiguel

Serie "Retratos das Gerações à Rasca" - Falso Recibo Verde

Já leste o verdadeiro programa eleitoral do PS?

O Governo do PS escreveu uma carta à Troika. Essa carta faz parte do acordo com a Troika? Sim, faz. Mas foi escrita pelo Governo do PS e é o verdadeiro programa eleitoral do PS para os próximos anos . O Aventar chegou-se à frente e traduziu a carta que Sócrates teima em fazer passar como um mero anexo do memorando.



Vamos encontrar as diferenças?





1.
Carta à Troika:

"Vamos nivelar as indemnizações por rescisão nos contratos sem termo e nos contratos a prazo, vamos apresentar legislação com vista a reduzir a indemnização para todos os novos contratos para 10 dias por ano de trabalho"

Programa "oficial" do PS:

Não consta qualquer referência às indemnizações.



2.

Carta à Troika:

"Vamos preparar até ao final de Dezembro de 2011, uma proposta que visa introduzir ajustamentos aos casos de despedimento individual com justa causa."

Programa "oficial" do PS:

Não consta qualquer referência aos casos de despedimento.


3.
Carta à Troika:

"Vamos reduzir a duração máxima dos benefícios do seguro desemprego a um máximo de 18 meses e a limitar as prestações de desemprego a 2.5 vezes do índice de apoio social e apresentar um perfil de diminuição de benefícios após seis meses de desemprego (uma redução de pelo menos 10 por cento nos benefícios)"


Programa "oficial" do PS:

"Continuar a reformar o mercado de trabalho, de forma torná-lo mais ágil na contratação de desempregados, reforçar os instrumentos de promoção das qualificações dos desempregados e alargar os instrumentos de aproximação dos desempregados a uma inserção ou reinserção laboral são tarefas de uma agenda para a competitividade e para a dinamização do mercado de emprego."


4.
Carta à Troika:

"De forma a promover reajustes salariais em linha com a produtividade a nível da empresa iremos: (i) permitir que os conselhos de trabalho negoceiem condições de mobilidade e do tempo de trabalho, (ii) redução do limite abaixo do qual as comissões de trabalhadores ou trabalhadores de outras organizações não pode celebrar acordos colectivos de trabalho para 250 empregados por empresa, e (iii) incluir nos acordos colectivos sectoriais as condições em que os conselhos podem independentemente concluir acordos colectivos de trabalho a nível de empresa."


Programa "oficial" do PS:

"O diálogo e a concertação social constituem, por seu turno, não só elementos característicos de uma democracia madura mas também bases sólidas para alavancar o crescimento económico e o progresso social. O Governo do PS fará o seu melhor para incentivar um diálogo regular e profícuo entre organizações empresariais e sindicatos, de modo a que ele contribua para um verdadeiro pacto nacional para a competitividade e o emprego."



5
Carta à Troika:

"Uma taxação sobre a electricidade será introduzida a partir de Janeiro de 2012."


Programa "oficial" do PS:

"O actual contexto económico e as perspectivas futuras exigem consumidores mais preparados e exigem, também, mercados regulados. O que é especialmente relevante, por um lado, no sector dos serviços financeiros - com destaque para os serviços prestados pelos bancos comerciais relativamente ao crédito à habitação e às comissões bancárias cobradas e para o crédito ao consumo, bem como para a premência de promover a literacia financeira; e, por outro lado, nos serviços públicos essenciais (electricidade, gás natural, água e resíduos, comunicações electrónicas). É também necessário fomentar a educação para o consumo, prevenir o sobreendividamento das famílias e promover a poupança e um consumo sustentável."



6.
Carta à Troika:

"Pretendemos acelerar o nosso programa de privatizações. O plano já existente abrange os transportes (Aeroportos de Portugal, TAP e ramo de mercadorias da CP), energia (GALP, EDP e REN), comunicações (Correios de Portugal) e de seguros (Caixa Seguros). Vamos identificar, no momento da segunda avaliação, mais duas grandes empresas para privatização até ao final de 2012. Um plano de privatização actualizado será preparado até Março de 2012."


Programa "oficial" do PS:

"O programa de privatizações previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento será também implementado." Não há referência à privatização de mais duas grandes empresas, mas segundo a notícia do Público tudo indica que uma delas será as Águas de Portugal.


7
Carta à Troika:
As taxas moderadoras serão aumentadas em Setembro de 2011, indexadas à inflação no final de 2011, e as isenções serão substancialmente reduzidas.


Programa oficial do PS:

"O Orçamento de Estado deve manter-se como fonte de financiamento essencial do SNS, assegurando o princípio constitucional da tendencial gratuitidade no ponto de contacto do cidadão com o sistema." (Não há referência às taxas moderadoras).




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Qual achas que é o programa verdadeiro?








18 de maio de 2011

Manifiesto Acampada Sol 16M Madrid

extremismo de gravata


Ainda há dias Sócrates acusava o Bloco de Esquerda de querer dar o calote, a propósito da proposta de reestruturação da dívida portuguesa, hoje, é Jean-Claude Juncker, presidente do europgrupo, a admitir a necessidade de uma “reestruturação ligeira” da dívida grega. Não quer isto dizer que Junker passou para o lado das esquerdas europeias. Significa apenas uma coisa, que a renegociação é inevitável e a única alternativa à falência destes países.

Mas há quem insista em fingir que não vê o óbvio. Os casos da Irlanda e da Grécia permitem-nos hoje extrair um manual do que não fazer em caso de crise. Ambos os países implementaram planos de austeridade, tal como nós; ambos tiveram de recorrer a empréstimos externos, tal como nós; em ambos o desemprego aumentou, tal como nós; ambos enfrentam duros períodos de recessão económica, tal como nós. Nem a Grécia nem a Irlanda conseguiram suportar os juros impostos pela UE/FMI e ambos encetaram processos de renegociação das suas dívidas. O que é que nós faz pensar que será diferente no caso de Portugal?

É inegável que a dívida pública portuguesa aumentou nos últimos anos, embora esteja ainda muito longe de atingir os valores da dívida externa privada, aquela que os bancos portugueses devem ao estrangeiro. Mas é importante que percebamos o que é que causou o aumento do endividamento público. As PPP, por exemplo, consomem grande parte da dívida futura, especialmente se levarmos em conta as renegociações dos contratos iniciais, sempre a favor dos grupos privados, sempre com prejuízo para o Estado. Mas há outros contratos, ruinosos para as contas do estado, como os dois mil milhões de euros dos submarinos comprados no mandato de Paulo Portas, ou os cinco mil milhões afundados no buraco do BPN.

Também é importante saber a quem devemos. Sabemos apenas que são instituições financeiras (bancos, fundos de pensões, seguradoras), na sua maioria bancos portugueses, alemães e franceses que estiveram durante os últimos 3 anos a cobrar juros especulativos ao Estado enquanto se financiavam no BCE a taxas de 1%. O valor destes juros também entra para a divida pública, aumentado-a.

Perante a ameaça de não conseguir pagar esta dívida, PS, PSD e CDS aliaram-se para assinar um acordo com a troika. Um empréstimo no valor de 78 mil milhões, com juros a mais de 5%, em que a maior parte vai directamente para a banca e para o pagamento dos tais juros especulativos.

Os planos de austeridade implementados em Portugal são uma forma de conseguir pagar esta dívida. Cortar nos salários e apoios sociais, aumentar impostos e privatizar é a forma encontrada para transferir dinheiro dos trabalhadores para o pagamento da divida, ou seja, para as instituições financeiras a quem devemos. Mas tem consequências, porque quando se retira uma parcela tão grande do rendimento das famílias, isso implica menos dinheiro a circular na economia, menos consumo, mais falências, menos investimento e mais desemprego, ou seja, um ciclo de recessão.

O que nos coloca um outro problema: como é que se paga empréstimos de 5% ou mais quando a economia está em recessão, -2%? A resposta é: não se paga, não é possível.

Cobrar ao povo com austeridade o pagamento de uma dívida que em parte não lhe pertence para garantir as rendas agiotas das instituições financeiras credoras, a isso se chama dar o calote.

Responsabilidade não é pedir emprestado ao FMI para pagar uma dívida que não conhecemos. Para nos defendermos do calote é preciso pedir a factura discriminada, ou seja, uma auditoria à divida. Haverá com certeza uma parte que provém de contratos legítimos do Estado, mas não devemos aceitar pagar por contratos corruptos ou juros especulativos, essa parte não nos pertence.

Seriedade não é hipotecar o crescimento da economia para pagar juros irrealistas e dividas ilegitimas. Seriedade é renegociar a dívida para evitar o ciclo da recessão endividamento em que vemos a Grécia ou a Irlanda.

A ideia de que um país para crescer terá antes de ficar mais pobre não passa de puro radicalismo, extremismo ideológico de quem não quer questionar lógicas rentistas. A única coisa que o separa de outros extremismos igualmente absurdos é que passa em horário nobre e usa gravata.

publicado no esquerda.net

17 de maio de 2011

Hoje, em Madrid



A Geração à Rasca espanhola pede mais democracia e mantém-se acampada desde domingo na praça madrileña Puertas del Sol contra o que chamam a "violência de viver com 600 euros" e dizem que "outra Política é possível".

Armários, cadeias, muros e espartilhos

O "País Precário, Saiu do Armário", no 12 de Março. Entretanto a Europa vai-se fechando em muros. E (afinal) o que há entre nós e o FMI/FEEF são 30 milhões de euros em juros e um violento apertar das cadeias da exploração. São muitos os armários, as cadeias, os muros e os espartilhos, e quem é pela luta toda não esquece, por exemplo, que há crianças cujo bem-estar depende do reconhecimento da homoparentalidade. Há que "Marcha[r] contra a Homofobia e Transfobia".

(também publicado em www.acomuna.net)

HOJE, 17 de Maio, 17 horas, ....

... MARCHA! em Coimbra, dos Jardins do Mosteiro de Santa Clara à Praça 8 de Maio.

MANIFESTO DA MARCHA CONTRA A HOMOFOBIA E A TRANSFOBIA DE COIMBRA

Coimbra, 17 de Maio de 2011

REVELA-te! QUEERiza-te! TransFORMA-TE!

A 17 de Maio de 1990 a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. Exactamente vinte anos depois, a 17 de Maio de 2010 aprovou-se, em Portugal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que veio reafirmar este dia como um marco na luta pelos direitos de lésbicas, gays, bissexuais transsexuais e transgénero (LGBT). Hoje, protestamos contra as diferentes formas de autoritarismo social, particularmente aquele que constrange a liberdade de quem possui uma orientação sexual ou identidade de género vista como não hegemónica.

Lutamos contra a Homofobia, a Transfobia e todas as formas de discriminação, uma vez que estas existem e persistem no nosso quotidiano, reproduzindo-se nos mais variados contextos sociais e políticos: do escolar ao académico, do familiar ao laboral, do privado ao público.

Lutamos por uma mudança efectiva que aniquile a discriminação estrutural que perpetua e legitima determinadas relações de poder. Lutamos ainda por uma sociedade justa e igualitária que derrube a discriminação racial, religiosa, de classe, por deficiência, de nacionalidade, de género, de orientação sexual e relacionais, entre muitas outras.

Colocamos em destaque na marcha deste ano a luta pelo reconhecimento das diversas identidades de género, tais como a transexualidade e o transgenderismo, relegadas sistematicamente para espaços de exclusão. Basta de repressão e basta de perseguição aos homossexuais, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, transgéneros e outros modos de expressão do género e da sexualidade.

Defendemos que as orientações sexuais e identidades de género não sejam um impedimento ou barreira para o desenvolvimento pessoal, social e político. Exigimos o direito a constituir família, incluindo a possibilidade de adopção e a reprodução por inseminação artificial. Acreditamos que o modelo patriarcal de família precisa de ser questionado e ter o seu valor simbólico desconstruído, abrindo espaço para outras famílias independentemente das questões de identidade de género e sexuais.

Não aceitamos concessões nem meios direitos, exigimos o reconhecimento pleno dos nossos direitos.

Encaramos a intervenção no espaço público como uma forma de lutar pela mudança de mentalidades e reivindicar as liberdades de todos e de todas.

Assim, em Coimbra, saímos à rua a 17 de Maio para romper o silêncio e combater a vergonha.

Saímos à rua para lutar contra as caixinhas/ armários que nos isolam, invisibilizam e reduzem.

Saímos à rua contra rótulos impostos.

Por isso apelamos à participação na Marcha contra a Homofobia e a Transfobia com todas as pessoas que, independentemente da sua orientação sexual e identidade de género, acreditam que esta seja uma luta pela democratização social e política.

EM COIMBRA, A 17 DE MAIO DE 2011

Contra a vergonha, gritamos: REVELA-TE!

Contra a normalização, gritamos: QUEERiza-te!

Contra os rótulos, gritamos: TransFORMA-TE!

Subscrevem:
PATH – Plataforma Contra a Transfobia e a Homofobia, constituída por pessoas
singulares e vários organismos:
Associação não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros – APEB
Associação Cultural Janela Indiscreta
rede ex aequo
República ‘Marias do Loureiro’
República ‘Baco’
Secção de Defesa dos Direitos Humanos da Associação Académica de Coimbra
SOS Racismo
E ainda os seguintes colectivos:
Caleidoscópio LGBT
Colectivo Feminista
Clube Safo
ILGA Portugal
Opus Gay
Movimento 12 de Março (Geração à Rasca)
Panteras Rosa
PolyPortugal
Ponto Bi
PortugalGay.pt
UMAR

16 de maio de 2011

BlogConf com Passos Coelho

Estive no domingo em Sintra numa blogconf com Pedro Passos Coelho que resumo na seguinte frase:

Não concordo com as medidas que apresenta, tal como não concordo que esteja preparado para ser primeiro ministro, algo que ficou vincado quando não conseguiu abrir um pdf no seu Ipad.

Entrevista a István Mészáros



A entrevista já tem quase uma década. De Marx a Cuba, passando pelo papel do Estado e daquilo que pode ser uma política socialista de transição, o filósofo e pensador István Mészáros dá-nos uma ampla visão destas e outras questões.

vale a pena ver.

10 de maio de 2011

Sócrates e a "Geração Activa"


Se repararmos bem, nesta cadência acelerada das decisões que nos afectarão a vida por muitos anos é possível medir o passo de uma estranha mecânica política. Tudo muda de nome. Os empregados são “colaboradores”, desempregado é “inactivo”, recessão é “crescimento negativo”, precário é um “potencial empreendedor”, intervenção é “ajuda externa”. Os sensíveis agradecem.

José Sócrates, não quis ficar fora dessa luta contra a realidade, tratando de transformar a geração à rasca em “geração activa”. É esse o nome de uma série de jantares de pré-campanha em que o líder do PS tem participado pelo país.

Há quem diga que os encontros tiveram como modelo de inspiração, Rui Pedro Soares, o exemplo máximo de um jovem activo e dinâmico. E parece, inclusive, que nos meandros do largo do rato, quem apurar, atento, o ouvido perceberá um sussurro constante: “os boys vencerão”.

1º de Maio em Setúbal



Ver a partir do minuto 10 a violência desproporcionada da PSP.

FMI & Companhia reality show

Apelos à realidade, convites e meias-recusas para o governo, parecem conflitos reais, mas não são. Destaque para o número da pasta vazia, mas também isso foi pouco sério. Umas fotocópias do programa que o PS tem em comum com o CDS e o PSD e estava reposta a verdade. Vários artistas, cada um pior que o outro, mas sempre o mesmo programa. É melhor mudarmos de canal: carrega no botão da esquerda.

(também publicado aqui)

As petrolíferas da desgraça e o lucro das petrolíferas

"As petrolíferas aproveitam a desgraça alheia" (Jayati Ghosh)
Com a desgraça, aproveitam para aumentar os preços fazendo ainda mais desgraça.
É uma bola de -neve- crude!

Diferença entre Sócrates e Portas

Um diz troika, o outro diz triunvirato.

7 de maio de 2011

ElBaradei e Roubini

As entrevistas a ElBaradei e Roubini estão aqui.
Só falta agradecer à organização, em especial à Alda Telles.

Amanhã temos convenção do Bloco de Esquerda.

6 de maio de 2011

O que os Finlandeses precisam de saber sobre Portugal

Conferências do Estoril dia 3

A cobertura das Conferências do Estoril não é um exclusivo de jornalistas. Já nada o será hoje em dia. Na sala onde decorrem as sessões, enquanto Larry King concentrava todas as atenções nos seus suspensórios e na gravata excêntrica, Jorge Carvalho e Francisco Silva, na última fila do auditório, martelavam deliciados nas teclas dos portáteis. A credencial ao pescoço engana, mas uma breve apresentação dissolve dúvidas. «Jornalistas?», pergunta-se. «Bloggers!», respondem.

Os «repórteres» que disparam no Twitter desenfreadamente são afinal dois dos bloggers credenciados pela organização.


Um abraço ao jornalista/companheiro de luta @hugobeleza

Conferências do Estoril dia 2

Ontem o meu dia nas conferências começou com Larry King e Mário Crespo.
Ao seu melhor estilo, Mário passou o tempo a dizer ao Larry o quanto o venerava e a dada altura diz qualquer coisa do estilo: "é uma sorte ainda não ter sido preso, ser jornalista em Portugal não é fácil."
Confesso que pensei por momentos que ia oferecer uma T-shirt ao Larry como aquela que levou para o Parlamento.
The King, como lhe chama Clara de Sousa, esteve bem humorado proporcionando uma bela conversa que não teve muito a ver com o tema anunciado: "O Futuro da Democracia face aos Desafio Globais".
Segui-se o Rodrigo Moita de Deus na sua qualidade de CEO da Nextpower a apresentar a sua já famosa comunicação sobre social media, baseada no livro de Vladimir Lenine: "o que fazer".
Confesso que em alguns momentos pensei em atirar-lhe um sapato pelo sacrilégio de ouvir um direitolas deste calibre a citar o Vlad mas lá me contive.
Foi interessante a exposição, apesar de não perceber muito de política, de social media até dá uns toques.
Ainda com o tema das revoluções, segui para a conferência de imprensa com ElBaradei onde tive oportunidade de lhe fazer umas perguntas que postarei aqui assim que tiver um tempinho para isso.
Posso para já afirmar que me deixou boas indicações para a resolução do conflito israelo-palestiniano, bem como para o futuro das mulheres em termos de participação política no Egipto.
Assim perdi a maior parte do painel "depois da crise", só apanhei a parte final com o David Held e Pauline van der Meer Mohr que fizeram ambos uma comunicação cheia de qualidade e de espiríto crítico.
Held já conhecia, a Pauline foi uma bela surpresa.
Francis Fukuyama foi a estrela que todos queriam ver e só não me desiludiu porque não tinha grandes ilusões.
Veio basicamente fazer a apresentação pública do seu novo livro "The Originis of Politicall Order" e pouco mais.
Hoje mais uma vez tivemos o prazer de ouvir Alex Bennet e de momento escuto Villepin, a falar sobre a construção(?) europeia.
Podem seguir as conferências aqui.

Chico Buarque - Sangue Latino



Chico Buarque é o primeiro convidado de uma série de entrevistas que passarão na TV Cultura do Brasil. Fala da América Latina, do sonho cubano e do tempo que passa. Um Chico Buarque um pouco desiludido mas que vale sempre a pena ouvir (mesmo enfrentando o ruído do vídeo)

5 de maio de 2011

Conferências do Estoril: dia 1

Resumo do dia de ontem:

O primeiro orador que ouvi foi o Steffen Greissner que apresentou uma palestra sobre Liderança e ética no séc.XXI.
O interessante foi ver uma palteia de pessoas com um ar "mas que raio tem a ética a ver com liderança?"
Segui-se Alex Bennet, a senhora que cantou ópera durante a sua apresentação para acordar os convidados (sim, o café é fraco) protagonizando o primeiro momento Passos Coelho do dia.
A Alex falou sobre como podem as organizações lidar com a complexidade.
Depois houve um interlúdio muito engraçado, quando Joana Correia da Silva (com um Inglês perfeito diga-se) apresentou exemplos da aplicação da agenda XXI no Concelho de Cascais, fazendo uma ode a Carlos Carreiras que perdeu exactamente por isso: era sobre o Carlos Carreiras!
O segundo momento Passos Coelho do dia foi quando este apareceu para dar uma conferência de imprensa quando as pessoas estavam a sair, como se tivesse estado nas conferências... não esteve, apareceu só para o almoço.
Segui para o almoço com o Jorge do Manual de Maus Costumes no restaurante "The Bay" em Cascais, para um dos melhores hamburguers do País obra do Chef Gonçalo Barbosa grande mestre de culinária.
Depois do almoço a única coisa verdadeiramente interessante foi a palestra do Roubini, ao qual pude questionar sobre se o Ocidente não benificiaria se tomasse medidas no sentido de melhorar os direitos laborais na Àsia, o que aumentaria o custo de mão de obra e reduziria a competitividade em relação à Europa por exemplo.
Roubini considera que o desenvolvimento que a Ásia está a ter acabará por naturalmente culminar num aumento de direitos, ele acha que é impossível numa economia globalizada conseguir impôr medidas isolacionistas em relação a um país como a China para forçar essa evolução de direitos laborais.
No meio disto tudo ainda tive tempo para pedir dois autógrafos: o do Nomen e do Vile da LGN Krew que fizeram um mural dedicado às conferências, dois dos melhores writers portugueses.
Hoje, a luta continua com Fukuyama, David Held e companhia.

4 de maio de 2011

O resgate de 78 mil milhões e o silêncio



Nas declarações dadas pelo governo ontem [03maio2011] à noite, o mais importante foi dito por Teixeira dos Santos, que esteve calado o tempo todo.


Os pavões davam a banda sonora, Teixeira dos Santos fazia de bibelô e Sócrates dizia que “o Governo conseguiu um bom acordo”, “um acordo que defende Portugal”. Mas que Portugal é que defende? O Portugal com que sonham os banqueiros que encomendaram o FMI e o obtiveram ao ritmo de fast-food? Ou um Portugal empenhado em ser mais livre, mais justo e mais fraterno – como diz a Constituição? Sócrates responde claramente a esta pergunta, afirmando: “As medidas são essencialmente as do PEC4”.

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Alternativa II

Conferências do Estoril 2011




Programa

3 de maio de 2011

Bloco lança plataforma interactiva Decisão 2011

José Manuel Pureza anunciou que o Bloco disponibiliza, a partir desta terça-feira, uma plataforma na internet que permite testar as suas propostas eleitorais, e também as dos outros partidos e as que serão anunciadas pela troika, nos termos do impacto destas na riqueza nacional, no desemprego e no défice público.

Queres testar as propostas que vão mudar o país?

Nunca me senti tão bem representado na Eurovisão

Tiros ou civilização?




Obama diz que “foi feita justiça”, mas desde o julgamento dos nazis, em 1945, que os crimes contra a humanidade são julgados em tribunal. O criminoso Ben Laden não foi julgado e Obama junta-se à negação da civilização e do Direito. E as administrações americanas que fomentaram os talibans não deveriam ser julgadas?

(também publicado aqui)

2 de maio de 2011

1 de maio de 2011

1º de Maio

Hoje é dia de trabalhar de sol a sol... e o melhor de tudo é que o patrão és tu.



Vou estar pela Alameda, vens?