25 de julho de 2011

Diz que é dos videojogos... e a "nova" xenofobia razoável.






A xenofobia soft já está a criar o seu argumento para o "filme" do autor confesso dos atentados de Oslo: «His rage, fed by video games, may also have been caused by the lack of real debate on the radical changes caused by a multiculturalism.»

Entre outros elementos desse discurso, considero que entrar em contabilidades sobre quem matou mais é vergonhoso: «The thousands and thousands of people murdered by (radical) Islam should weigh heavier than these 92 deaths.» Como se matar uma pessoa não fosse de mais. Justificam-se os crimes com contabilidade de cadaveres? A existência de crimes de fascistas islâmicos justifica que se feche os olhos ao crecimento de uma extrema-direita anti-islâmica na Europa?

Mas neste momento, preocupa-me principalmente a teoria da "xenofobia razoável". É disso que trata a primeira citação, que é aliás uma amostra desse discurso. Uma forma do método polícia-bom/polícia-mau: para evitar a violência subjectiva e sangrenta dos "anti-muçulmanos hard core", há que aplicar uma política anti-muçulmana soft, ou seja, há que aplicar uma violência objectiva/estrutural de barreiras legais à cultura e às pessoas muçulmanas: desde pribições de minaretes na Suiça (rever aqui) às leis anti-imigração selectivas.

Temos de estar atentos e politicamente atuantes, pois ressurge perigosamente uma política da "xenofobia razoável", da mesma linhagem do "anti-semismo razoável" de Robert Brasillach proclamado em 1938:

“Nós nos permitimos aplaudir Charlie Chaplin, um meio judeu, nos cinemas; admirar Proust, outro meio judeu; aplaudir Yehudi Menuhin, um judeu; e a voz de Hitler é carregada por ondas de rádio que receberam seu nome do judeu Hertz (…) Nós não queremos matar ninguém, nem queremos organizar nenhum pogrom. Mas também pensamos que a melhor maneira de conter as sempre imprevisíveis ações do anti-semitismo instintivo é organizar um anti-semitismo razoável.”





1 comentário:

  1. tamém ajudam

    despersonalizar o que se mata

    matar ludicamente sejam coelhos ou pessoas birtuais

    平成22年8月25日水曜日حشّاشي,DO NARCO AO ANARCO TERRORISMO E DO PIRO-TERRORISTA AO LUDO-TERRORISTA
    Novas formas de assassino emergem no século XXI o eco-assassino e o Ludo-assassino

    O Ludita assassina por um motivo válido o Ludo assassina pelo prazer de existir

    Tal como o Piro-terrorista esmaga a vida das gentes com um simples fósforo

    Matando milhões de vegetais e animais na sua sanha para provar que tem poder

    Também o Ludo-terrorista quer mostrar que é o Melhor de todos os assassinos

    O que melhor domina o video-jogo da morte

    Assim estudantes universitários ou liceais

    Preparam matanças solitárias ou em grupo nas Columbines deste mundo

    São os Neo-Amok's são os Berserkers da Fé e do Ódio contra uma sociedade

    Que não os reconhece

    resumindo ó pázinho

    tanto faz ser um video jogo dum helicóptero a metralhar civis ou o jogo real

    ou espetar uma baioneta num manequim

    antes de a espetar noutro mais carnudo

    kriegspiel

    e a guerra é um jogo

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