23 de julho de 2011

Atentados em Oslo ou o que fazer contra a extrema direita?






O duplo atentado na Noruega chegou a ser atribuído (por impulso do discurso dominante sobre o terrorismo) aos fundamentalistas islâmicos.

Entretanto, os pelo menos 92 mortos (mais de 80 mortos no acampamento de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoeya e os 7 mortos e 2 feridos do atentado à bomba em Oslo com que a tragédia começou) são atribuídos ao suspeito membro da extrema-direita norueguesa chamado Anders Behring Breivik. Trata-se de um europeu nórdico de 32 anos, fundamentalista cristão, anti-islâmico.

O relatório da polícia de segurança interna da Noruega PST para 2011 assinalava que “um aumento da actividade dos grupos anti-islâmicos pode conduzir a uma mais acentuada polarização e a convulsões, nomeadamente durante ou em ligação a comemorações e manifestações”. Por outro lado, o mesmo relatório sublinhava que a principal ameaça em 2011 para a Noruega “não vem do extremismo cristão, mas sim do muçulmano”. O documento não podia ser mais claro: “Certos extremistas islamistas surgem actualmente cada vez mais orientados a agir a nível internacional e é principalmente este grupo que poderá constituir uma ameaça directa à Noruega”.



Não podemos estar certos sobre as informações que circulam na internet sobre o perfil (de facebook) do referido militante da extrema-direita. Mas o mais relevante, desde já e antes de apurados os factos, é que o crescimento da extrema-direita de carácter nacionalista e anti-islamico é negligenciado e muitas vezes protegido à sombra de uma suposta "tolerância democrática" ao crescimento dos fascismos, ou pelo menos de certos fascismos.



Aos conservadores, liberais e a todos os outros que querem virar a identidade política europeia de anti-fascista para anti-comunista são acontecimentos como este que, infelizmente e com o custo de vidas humanas, vêm provar a necessidade de não esquecermos o legado anti-fascista da Europa. Da esquerda à direita, todas e todos os democratas europeus têm o dever de ser intransigentes na defesa da democracia e não permitir a organização política dos fascismos, independentemente das religiões e nacionalismos a que se associem.

4 comentários:

  1. Neste momento todas as células activas da Al Quaeda espalhadas pelo mudam devem se estar a rir deste trapalhão terrorista nórdico. Parece que ele teria muito que aprender com a organização islâmica no que respeita a alvos.

    Seriam aqueles jovens apesar de simpatizantes da politica suicida do Partido Trabalhista Norueguês, responsáveis pela horda de muçulmanos que entraram naquele país sem controlo algum, nos ultimos anos? Seriam eles os responsáveis pelo multiculturalismo selvagem que se instalou naquele país em tão pouco tempo?
    Para mim esta é que é a questão fundamental, mas pelo que leio na blogosfera o perigo é sempre o "espantalho" da extrema-direita, essa que felizmente é boicotada e vetada á censura, mas que se mantém bem viva em muitas e "brilhantes" cabeças.

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  2. Termos como "multiculturalismo selvagem" e "horda de muçulmanos" dizem muito sobre o seu comentário, Fuser. Não aceito o fomento de ideias e políticas parentes do "anti-semitismo moderado" como forma evitar o a "xenofobia hardcore"

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  3. O facto deste atentado ser da responsabilidade da extrema-direita não altera nada relativamente ao perigo que os islâmicos representam para a Europa. Continuam a constituir uma ameaça para o nosso modo de vida e para a nossa cultura de tolerância e de aceitação da diferença.

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  4. não saber o que fazer com os ideiais extremistas. de direita ou de esquerda

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