As agências de comunicação ao serviço do PS e do PSD, vulgo comunicação social vieram contaminar todo o debate sobre o orçamento de Estado.
Desde o início que há uma ideia abertamente transmitida: Ou há este orçamento PS com ou sem voto favorável do PSD, ou o orçamento será gerido por duodécimos.
Propositadamente ou não, a discussão ainda não incidiu sobre que propostas apresentam os outros partidos, inclusivé o PSD poderia apresentar um orçamento diferente e não apenas umas alterações que o mais significativo que têm é o seu cheiro eleitoralista.
Chegados aqui podemos partir para outra questão: as agências de comunicação, vulgo comunicação social, notíciam de megafone na mão que este orçamento é apenas para acalmar os mercados, aliás tal como todo o governo e opinion-makers do establishment afirmam "ter" de ser...
Mas então quando os mercados perceberem que o orçamento é uma leviana maquilhada de senhora séria será que vão acalmar?
Não seria melhor ter um orçamento sério em vez de um que pareça sério?
Entretanto os mais pessimistas que fiquem descansados, a senhora Merkel já tem um orçamento para nós feito á medida dos seus interesses e preocupações.
"Portugal pode ter o orçamento que quiser, desde que seja neo-liberal."
*parabéns ao José Vitor Malheiros por ser um dos verdadeiros jornalistas que resistem.
Para quem ainda não leu recomendo o seu artigo sobre a comunicação social.
Não querendo parecer piquinhas (mas não deixando de o ser), não posso deixar passar um pequeno detalhe: Apenas o governo pode apresentar um orçamento de estado, principal instrumento financeiro no exercicio do poder executivo. Se os eleitores elegem um governo (OK, elegem uma assembleia que por sua vez forma governo)é exactamente para tomar opcções, que no fundo é o que representa um orçamento, opcçoes financeiras. Os restantes partidos podem por sua vez apresentar propostas na votação por especificidade, ou seja, podem apresentar alternativas a determinada proposta específica. Mas na generalidade das opcções tomadas, é o governo que tem a palavra.
ResponderEliminarAcho este post correctíssimo :) Os mercados põem em causa a democracia, que só existe nas revistas cor-de-rosa. Os governos foram eleitos pelas pessoas, deviam governar para as pessoas, não para os mercados. De resto, são tão insaciáveis os mercados que nunca ficarão satisfeitos.
ResponderEliminare venha a ti o nosso Ford
ResponderEliminarmais o fantasma do modelo T
Visäo: a revista cor-de-rosa... CHOQUE!
ResponderEliminarPortugal só existe a nível quântico. Isso explica muita coisa, tal como este artigo:
http://aeiou.visao.pt/familias-poupam-ate-83641800-com-acordo-governo-psd=f577680
Estas bestas anunciam uma “poupança de 1.800€ em impostos” com o acordo PS-PSD, diz a PWC. 1.800€!!! Uau!
AH, mas a família precisa de ganhar 9.000€/mês para essa poupança. Pois é… quantas famílias finlandesas ganham isso, quanto mais tugas?
Visäo: é preciso ter…
para comprar, mas näo para lá trabalhar.