4 de agosto de 2010

Vencer

Cavaco é a cenoura e o bastão e quer-nos burros de carga. A filosofia PSocrática também nunca se engana e raramente tem dúvidas. O Coelho encaminha-nos a Passos largos para o abismo de um país que não é das maravilhas.
Cavaco é a ponta da lança desta luta anti-social. É o garante não dos avanços da Constituição, mas dos ataques aos direitos sociais e políticos nela consagrados.

Lembra-nos isto...


...que foi possível derrotar Cavaco Silva. E é possível derrotar Cavaco Silva.

Decide-se nas próximas presidenciais quem será o próximo Presidente da República (Parece óbvio? ainda bem!). O rosto unitário da luta contra a política liberal, sabemos quem é. Sabemos que Manuel Alegre é rosto unitário da contestação à política liberal e é o candidato mais capacidade de vencer Cavaco Silva.

Esta vitória não é uma profecia, mas uma proposta de trabalho.

18 comentários:

  1. Sabemos? Eu não sei, na realidade, não faço a mínima ideia o que o Manuel Alegre defende. Uns dias defende o SNS, outro defende os empresários. Uns dias é amante do PS de Sócrates, outros dias é crítico em relação a uma coisa que o PS de Sócrates tenha apresentado.

    A unidade forçada na caça aos votos nunca nos serviu. Mas acho que irão aprender isso da pior maneira (e eu cá pensava que esta era uma lição já repetida demasiadas vezes).

    ResponderEliminar
  2. Decide-se nas próximas presidenciais quem será o próximo Presidente da República. Parece óbvio? Afinal, não. Há diferença entre Cavaco, ponta de lança do liberalismo em Portugal, e aquele que, sendo eleito, será o presidente mais à esquerda desde o 25 de Abril? Há e é uma diferença fundamental Youri. Neste momento de ataque profundo do liberalismo, precisamos da vitória de Alegre.

    ResponderEliminar
  3. Mas olha que estou com um mau pressentimento, só espero estar, redondamente, enganada.
    Não te esqueças de um... que anda por aí a passear de chapelinho de palha ;)

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Será o suficiente para baralhar as contas.

    ResponderEliminar
  5. "Manuel Alegre é rosto unitário da contestação à política liberal"

    É por isso que Sócrates o apoia!

    Manuel Alegre de 75 até 2009 nunca se afastou dos governos PS, conclui-se que o PS não é liberal.

    ResponderEliminar
  6. Caro José Manuel Faria,
    "Decide-se nas próximas presidenciais quem será o próximo Presidente da República (Parece óbvio? ainda bem!)"
    Somos camaradas e estamos do mesmo lado,nisso não há dúvidas. Mas fico com dúvidas sobre qual o candidato que sugeres para melhor defender a política de esquerda. Defensor Moura ocupa-se do Centro-Esquerda, segundo o próprio. Para Fernando Nobre não há Esquerda nem Direita. Resta o candidato do PCP, ainda envolto no nevoeiro estranho do verão. Presumo que aguardas por D. Sebastião.

    ResponderEliminar
  7. Vejo que os alegristas de ultima hora ensaiam nos blogues os malabarismos que terão de fazer em campanha para justificar o apoiio ao candidato Socrático, que é a favor do tratado de lisboa, que lança a hipotese de intervençao militar portuguesa na guiné-bissau, que acha que é perciso prestar mais atenção aos empresários, enfim, que acha o PEC inevtitável e é o candidato do governo mais à direita desde o 25 de Abril (mais que os de Cavaco, pelo menos era o que o BE dizia ha uns tempos). E não se convencem nem a eles próprios.

    Bruno, comparas o Buzinão da ponte com as eleições? Típico de quem já não vê o protesto fora das urnas, mas é diferente acredita. Queres a prova que é diferente? Experimenta propôr ao ponta de lança alegre contra o neoliberalismo que proponha a organização de uma luta do género. De um buzinão, de uma manifestação, de uma greve geral (como aquela que a UDP defende nas suas resoluções, nunca nas acções). E aí ele te dirá se está disposto ou não a parar o neoliberalismo. Que diga-se não é aplicado pelo cavaco, mas pelo vosso aliado, o Sócrates.

    Manel Afonso

    ResponderEliminar
  8. Manel,

    Sabes bem que o Governo e o PS/aparelho apoiam Alegre a contra-gosto, justamente por essa contradição entre a prática liberal do governo e o anti-liberalismo que Alegre representa. Nas pessoas de esquerda que votam PS, incluindo muitas e muitos que são mesmo militantes do PS, o apoio a Alegre é sincero.
    A esquerda encontram em Alegre um candidato que torna possível novamente derrotar Cavaco Silva. A quem servirá apontar os pontos de discordância, num momento de necessária luta unitária contra o liberalismo?

    Nota1: Eu não comparo o buzinão às eleições. Apenas quis recordar essa manifestação popular e os reflexos que a força popular teve na queda de Cavaco. Lamento que penses que as lutas populares estejam à espera de um director de campanha. E, camarada, tu e eu somos de esquerda, socialistas e anti-capitalistas - não inventes outros "istas" para mim.
    Nota2: Onde está D. Sebastião?

    ResponderEliminar
  9. Vamos nos manter caladinhos então pela unidade das esquerdas, seja lá o que isso for. Tem graça quando dizes ‹‹alguns pontos de discordância››. Na realidade, Alegre e Cavaco terão alguns pontos de discordância, eu com eles tenho muitos.

    ResponderEliminar
  10. Youri,
    Eu disse "OS pontos de discordância" não disse se eram alguns ou se eram muitos.
    Não se trata de unidade das esquerdas em abstracto. Trata-se de uma luta concreta para um objectivo concreto: derrotar Cavaco Silva e eleger aquele que será o presidente mais à esquerda desde o 25 de Abril. Se só vês "alguns pontos de discordância" entre Alegre e Cavaco e se nem nesse pontos vês nada de fundamentalmente diferente, lamento. Não vejo isso da mesma forma.
    As lutas unitárias fazem-se em torno de objectivos concretos e com aquelas e aqueles com quem até podemos divergir em muita coisa, mas convergimos no essencial dessa luta concreta.
    Não sugiro a ninguém que se cale, caso contrário não estaria a debater convosco.
    Abraços!

    ResponderEliminar
  11. Tens razão, disseste «os» e não «alguns». Mas ainda assim serve o que disse, acho que Cavaco e Alegre discordarão - na prática - muito pouco.

    Pouco me importa que o Manuel Alegre poderá ser o presidente mais à esquerda desde o 25 de Abril (será mais que Jorge Sampaio?), não é o suficiente, não é uma luta que me interesse. Derrotar Cavaco a qualquer custo apoiando o candidato do Governo é um tiro no pé da Esquerda (em particular do BE).

    O que me preocupa nisto tudo é que o único objectivo concreto é o «derrotar Cavaco Silva». Nada mais importa. Cavaco é mau, é terrível, mas quando o nosso único objectivo é derrotar esse apoiando Sócrates (a + b = c) parece-me que pouco se discute e poucos objectivos se têm.

    Abraço.

    ResponderEliminar
  12. E achei curiosa uma coisa que tu disseste. Sobre as alternativas: existe Domingos Paciência que é irrelevante e pouco me interessa (mais um do PS que só vem baralhar um pouco as coisas); Fernando Nobre que acaba por representar um nada patriótico afundado a visibilidade do seu trabalho na AMI; e a espera por um candidato (no nevoeiro?) do PCP.

    Pois que venha o candidato do PCP. Não espero que seja grande coisa, mas ao menos deve dizer umas coisas anti-capitalistas sem defender os empresários. Já que andamos todos pelo «mal menor», prefiro esse.

    ResponderEliminar
  13. A não discussão tem sempre um novo rol de não argumentos. O novo é o do D.Sebatião. É um bom não argumento, assim tipo ultimato: "eu tenho o meu candidato, não gostas, vai buscar o teu! Se não tens, porque o teu partido, sem te consultar, apoia o candidato do Governo, azar o teu!". Diria que esta é fuga à discussão se arrisca a ser a quinta-essência da estratégia dos bloquistas entalados entre sócrates e alegre. E de outra forma seria terrivel, para vós uma discussão com direito a argumentos seria devastadora.

    Quanto aos pontos de discordância é o que diz o Youri... o Sòcrates tem uns pontos de discordância do Cavaco, o Alegre tem uns pontos de discordância do Sócrates e por sua vez, o Bloco tem uns pontos de discurdância com este. Coisa pouca, o PEC, o apoio ao governo (por agora), o Afeganistão, a Nato. Mas não íamos deixar isso estragar tudo não é?

    Quanto ao PS apoiar a contragosto o Alegre... não tenho grandes certezas disso. Todos já sabíamos deste apoio desde quando o Alegre apoiou o Sócrates para as legislativas. Não há gosto nem contragosto, é um negócio em que o Bloco cumpre (com gosto) o papel de brinde. Mas mesmo que houvesse contragosto o Alegre não deixa de ser o candidato apoiado pelo governo, que apoia o Governo.

    O único contragosto óbvio é o dos bloquistas, aqueles milhares que não foram ouvidos, a quem se mentiu em convenção, garantindo que não íamos apoiar o candidato do governo (não sei se te lembras, foi até um camarada da UDP). Aí sim há contragosto, para quem é explorado ou está n desemprego é um contragosto ver o seu partido lado a lado com quem nos faz pagar a crise todos dias.

    Manel

    ResponderEliminar
  14. Youri, o objectivo não "é derrotar esse [Cavaco] apoiando Sócrates". Se a única saída do PS/Governo foi apoiar o candidato que que foi protagonista do encontro das esquerdas contra a política liberal, quem cedeu foram eles. Nenhum de nós apoia Sócrates.

    Manel, concretamente houve 316 pessoas que achavam (e tinham naturalmente direito a essa opinião) que era necessária uma nova convenção para discutir a questão das presidenciais. Se fossem milhares a ter essa opinião, teríamos tido essa convenção extraordinária. Prefiro a posição do Youri, que assume preferir o candidato que o PC venha a apresentar.

    ResponderEliminar
  15. Bruno, esse exercício não convence muito. O Bloco de Esquerda tem alguma discussão sobre o programa de Manuel Alegre? Apoiou Alegre mal este anunciou a candidatura, sem saber o que esse candidato defende (por ter existindo um ‹‹encontro das esquerdas contra a política liberal›› não significa nada, já que após esse encontro Alegre continuou a apoiar o Partido Socialista, José Sócrates e este Governo - ainda que aqui e ali, tenha criticado alguma coisa, no grosso concordou a política liberal do Governo); sem saber que outros candidatos existiriam; e - ou muito me engano - sem consultar os militantes e o resto da ‹‹Esquerda›› (falaram com o PCP, movimentos sociais, sindicatos, etc, etc, etc...).

    Apoiar um candidato unitário, sim, pois bem, até poderia estar de acordo. Mas isso só faria sentido se realmente se falasse sobre isso, se fosse realmente decidido (ou tentado), entre todos os que representam a dita ‹‹esquerda››. E convenhamos, o Bloco de Esquerda está muito longe de representar a totalidade da Esquerda, e muito menos o Partido Socialista.

    Existiram dois encontros em que se destacou o BE, além de várias figuras da esquerda independente, em que participaram figuras importantes como o Manuel Alegre ou o Carvalho da Silva, mas pelo que se dizia, isso nada estava relacionado com as presidenciais. Ou seja, parto do princípio que isso não foi discutido nesses encontros.

    E a convenção do BE não decidiu que iria apoiar Alegre. O que se decidiu é que o BE iria fazer todos os esforços para apoiar um candidato unitário de toda a Esquerda. Terminou por apoiar o mesmo candidato do Governo, militante desde sempre do PS, e responsável como tantos outros pela política liberal deste e doutros Governos.

    ResponderEliminar
  16. João Mineiro, convém arranjares melhores argumentos antes de vires com acusações sobre pureza e redomas, particularmente quando não conheces as pessoas nem fazes ideia do que elas fazem.

    Manuel Alegre não é um movimento social. É um militante do PS reconhecido pela sua história enquanto político que decidiu, pela segunda vez, avançar com uma candidatura presidencial. Conseguiu os apoios do PS e do BE. Simples.

    Dizer que Cavaco é isso tudo, mas querem adjectivar a candidatura de Alegre? Alegre que defendeu o PEC, que defende os empresários? Vamos fechar os olhos e ser os «não sectários» só para derrotar cavaco.

    Eu gostava era que tivesse sido discutido, entre o que geralmente se chama de Esquerda, a possibilidade de um candidato presidencial. Se tu achas que decisões unilaterais são da Esquerda óptimo. Espero-te uma bela e boa derrota.

    ResponderEliminar
  17. E só uma coisa: há uns tempos Alegre não era nenhum D. Sebastião. O BE e o PCP apresentaram candidatos seus.

    E meu candidato nunca foi e nunca será. Não há confiança noutro candidato da «burguesia».

    ResponderEliminar
  18. É impressão minha, ou os comentários do João Miranda desapareceram?

    É que eu gostava de lhes responder dentro do contexto.

    ResponderEliminar