21 de junho de 2010

A urgência da unidade

Público - Nova estrutura de cúpula dos patrões portugueses será hoje formalizada

A Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) preparam-se para uma fusão institucional, cujos pormenores vão ser anunciados hoje, informou fonte ligada àquelas organizações.

10 comentários:

  1. E o Público on-line diz que "A nova estrutura associativa patronal de cúpula vai chamar-se CIP - Confederação Empresarial de Portugal e deverá estar “em pleno funcionamento até ao final do ano”.

    Sou só eu que acho que Confederação Empresarial de Portugal dá CEP e não CIP?

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  2. Bem visto, Adriano: É um assunto relevante. Aliás, por achar isso, esta semana também escrevi sobre a "Unidade Patronal! etc": http://www.acomuna.net/content/view/391/1/

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  3. João, é uma questão de marca/identidade. É como a CP Caminhos de Pherro que passou a Comboios de Portugal só para manter o nome CP, ou a UMAR União de Mulheres Antifascistas Revolucionárias que passou a União de Mulheres Alternativa e Resposta... No caso dos patrões, nem se esforçam por inventar outro nome para o "i" de CIP. São patrões, eles é que mandam: fica assim um coisa do género de CDS/Partido Popular.

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  4. Chamem-se o que se chamarem, com "i" ou com "e", a verdade é que se uniram. E, unindo-se ficam naturalmente mais fortes.
    Ao contrário da maioria dos portugueses que estão cada vez mais "cada um por si" (Excepção feita ao futebol, claro!). Sinto que estamos cada vez mais desunidos, mais fracos e diria até cada vez mais com medo de se manifestarem. Dar a sua opinião em qualquer lado, começa a ser visto, não como um direito, mas como uma forma de aborrecer os outros, porque opinar passou a não servir, na perspectiva de um grande número de pessoas, para nada.

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  5. Ó Adriano, mas de que unidade falas tu?

    É que os patrões ganham à esquerda em duas coisas: primeiro unem-se, last but not least unem-se com programa.

    Nós já aprendemos a unirmo-nos, agora falta o programa. E quando digo programa não é "uma visão à esquerda para o país", são duas ou três coisas simples, como proibição dos despedimentos, saída da NATO, perdão da dívida externa, luta contra o PEC...

    A eles também não lhes basta dizer que querem "uma visão capitalista para o país". Eles sabem o que querem.

    E nós ou sabemos e não dizemos ou não sabemos mesmo (perfiro esta segunda hipótese). Começamos por dizer Adeus ao Lenine, quando damos conta estamos a fazer campanha com o Sócrates, aquele que agora é arguido.

    Manel Afonso

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  6. Karlos Hernrique Marquex23 de junho de 2010 às 14:03

    Manel Afonso, que confusão! Falas de legislativas ou de presidenciais? Falas de programa, que só pode ser lido como programa de governos, e misturas isso com as presidenciais. Não o dizes directamente, mas dá para perceber. Tens muito a aprender com o Lenine...

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  7. Primeiro, e mais urgente, a unidade de pensamento! Mas no post a urgência era em referência ao patrões, a nossa cá a vamos fazendo...

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  8. Falo do programa que é perciso para o país, se ele é propagandeado nas legislativas ou nas presidenciais é tático, porque seja como fôr ele só vai ser imposto pela mobilização das massas e as candidaturas de um partido revolucionário devem (além de , muito obviamente não se aliarem ao governo burguês de turno), por isso, servir para instigar as mobilizações... Foi isto que disse Lenine e msm que não o tivesse dito é o Bê-À-Bá da política à esquerda.

    Fosse como fosse, de facto a saída da NATO passa pelo presidente. E o único candidato de "esquerda" até hoje, o Alegre, não só não o vai defender como irá atrás dos EUA qnd fôr para invadir o Irão, a Síria, o que vier.

    Mas o programa que eu falava era para uma unidade à esquerda para que os trabalhadores não paguem a crise, havendo vida para lá das eleições (há? ou já se despediram tb aí do Lenine?) os programas são para lutar, tal como as unidades. E não para sustentar governos (a partir do parlamento ou da presidência). Mas despedido o Lenine entendo que isto soe a política da pré-história.

    Terei muito a aprender com o Lenine sim, não tenho o pretenciosismo de deitar para o lixo da história aqueles que dirigiram revoluções, mas de facto não sei como encaixas aqui esse humildíssimo comentário, caro Marquex.

    Manel

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  9. Karlos Hernrique Marquex25 de junho de 2010 às 02:44

    que é "tático" é, mas talvez a discórdia entre nós seja que tu tens a tática para um partido e eu para outro... por isso divergimos. fala-me mais desse partido revolucionário?

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  10. por falar em tática, vejo que a provocação barata é a tua, este blog já nã é muito dado ao debate e quando ele surge vá de responder com provocação que é para afogar o dito debate, já que arguentos não temos.

    Para mim, e para quem tiver o mínimo de seriedade, só há socialismo com o derrube violento do estado capitalista, ou seja só há socialismo que seja anti-capitalista, só há anticapitalismo revolucionário. partidos que em portugal se reivindiquem socialistas e anti capitalistas creio que há dois, eu milito num deles que é o bloco de esquerda. Podia-te falar muitas coisas dele. Umas boas outras menos.

    Mas o que te digo aqui, voltando à tática, é que o Bloco tem caído no erro de transformar em estratégia duas táticas: uma a participação em eleições, outra, que devia ser ultra excepcional, a unidade com o PS, que de socialista, anticapitalista e revolucionário nada tem. Já houve no passado quem transformasse táis táticas em estratégias. São os partidos que pariram os sócrates, os zapateros, os papandreus e os alegres. estamos portanto perante um regresso ao passado, sendo que os partidos social-democratas tinham uma desculpa: antes deles ninguem tentara tal esstratégia, podia não se saber na altura o resultado. Mas hoje sabe-se.

    De fato tamos a falar de táticas para diferentes partidos, a minha é para o Bloco de esquerda, a tua é para o PS 2.

    Manel

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