27 de janeiro de 2012

PSD e CDS muito à direita da "Ala liberal"


A memória é uma coisa muito importante. Certa vez, eu e outros blogers fomos convidados a falar de Sá Carneiro. Com todo o espírito democrático, lá fui dizer o que penso sobre Sá Carneiro. Entre outras coisas deixei claro que não era "sa-carneirista", classificação que foi gentilmente oferecida aos blogers presentes (pertencentes a diferentes sensibilidades de esquerda, ou pelo menos à esquerda do PSD).
Não era e não sou, em primeiro lugar, porque não sou social-democrata, sou marxista. Em segundo lugar, a "social-democracia" de Sá Carneiro, se é que assim pode ser chamada, apesar dos discursos da Assembleia Constituinte, nunca esteve no campo da luta pelo socialismo. Concretamente, na viragem à direita em que a AD (PPD/PSD-CDS-PPM) chegou ao poder, o Governo de Sá Carneiro esteve contra as conquistas populares, na destruição das conquistas do povo (enfim este comentário até era escusado; sobre o ser ou não ser do socialismo, mais valia dos outros, mas isso são contas doutro rosário).
Apesar de tudo isto, e de outras coisas que referi, é de destacar que, enquanto membro da Ala Liberal, Sá Carneiro defendeu a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
É, assim, lamentável vermos o estado a que isto chegou: censura na RDP; um governo do PSD e do CDS muito à direita da Ala Liberal dos tempos da Ditadura.

De resto, sublinho a pergunta do Fabian: Onde está o entusiasmo agora?

1 comentário:

  1. en tusa i asno aqui?

    a Soflusa, eles estão em greve. A Soflusa é uma empresa pública e os donos são todos os portugueses. Muitos milhares que precisam do transporte, e até já o pagaram, são explorados com a greve. Tem toda a razão o Arménio Carlos»


    Portanto eu, que nunca ando de barco, estou a explorar os pobres dos trabalhadores (ou será mais apropriado chamar-lhes proletários?) da Soflusa. Claro! Sou eu que lhes pago os ordenados. Há tempos tive uma troca de ideias com uma pessoa que afirmava que a luta de classes ainda tinha sentido. Fiquei admirado por haver quem defendesse tal ideia e não tivesse dado pelo profunda transformação da sociedade. Afinal, a acreditar no novo secretário geral da CGTP, era eu que estava enganado. Só que por vezes é muito difícil saber quem pertence a cada classe...

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