leiamos o joão baptista, sem o profanarmos, desta vez com ironia:
Para sempre aos olhos meus
Sumido seja o clarão
De tua divina estrela.
Faltam-me olhos e razão
Para a ver, para entendê-la:
Alta está no firmamento
De mais, e de mais é bela
Para o baixo pensamento
Com que em má hora a fitei;
Falso e vil o encantamento
Com que a luz lhe fascinei.
Que volte a sua beleza
Do azul do céu à pureza,
E que a mim me deixe aqui
Nas trevas em que nasci,
Trevas negras, densas, feias,
Como é negro este aleijão
Donde me vem sangue às veias,
Este que foi coração,
Este que amar-te não sabe
Porque é só terra - e não cabe
Nele uma ideia dos Céus ...
Oh!, vai, vai; deixa-me, adeus!"
in Adeus! Adeus!, Almeida Garrett
quando a inquisição fala recorre a deus....
ResponderEliminaré sintomático
vão queimá-los em efígie ou ao vivo em praça pública?
é de graça ou tem de se reservar bilhetame pró auto da fé?