19 de setembro de 2011

Eu sou livre e tu?


Eis mais um ano volvido e os vampiros vestidos de negro apoderam-se de novo das faculdades, das cantinas, dos espaços públicos em geral, para sugar o sangue fresco que agora chega. É a Universidade transformada numa garraiada humana gigante. É a Universidade em estado de sítio, decretado por um poder oculto, incontrolável e a sem mínima legitimidade. Mesmo a história não pode legitimar atropelos de conquistas civilizacionais que ela própria testemunhou.

"É a tradição, colega!".

Aqueles que só conhecem duas cores, o preto e o branco, gostam de simplificar escolha entre ser contra ou a favor da praxe. Mas a verdadeira questão é: queremos uma democracia plena, com respeito pelas liberdade fundamentais em todos os momentos e para todas as pessoas, ou resignamos-nos com os resquícios de opressão e segregação que a Idade Média ainda deixou nas nossas Universidades?

Tu que entras hoje na faculdade, vais fazer o quê?

4 comentários:

  1. Jorge's Rittos de Passagem são eternos

    e o és cool escólico conforma-se e agradece

    é como os proverbiais charros em Bloco

    ResponderEliminar
  2. Libre só o espaço

    e a mistela al kohol ica cun run rabbit rum

    ResponderEliminar
  3. Quando acabei de fazer a matricula fui logo incomodado por "doutores". Eu sou de Matosinhos e só conheço uma amiga em Braga, por isso, devo ser uma presa fácil às praticas reaccionárias da praxe. Contudo eu não vou participar nessas "actividades de integração" e vou ter que aceitar a ostracização resultante da minha posição ideológica. Porque em Democracia somos todos iguais. Logo, não faz qualquer sentido aceitar um sistema de obediência hierárquica baseada no número de anos que alguém frequentou um estabelecimento de ensino.

    ResponderEliminar
  4. encontrei o blog enquanto andava à procura de uma imagem para ilustrar exactamente a minha opinião sobre as praxes (e já agora aproveito para dizer que "adoptei para o meu post a imagem com que ilustraste o post sobre praxes de set. de 2010).
    Fiquei espantada por ver alguém tão a exprimir abertamente ser contra as praxes. Enquanto andei na faculdade, e mesmo agora depois de já ter concluído o curso, dizer que era anti-praxe era tipo dizer um palavrão. ou pior, pq palavrões os "doutores" não se inibem de dizer...
    quanto aos chamados doutores que fazem valer o medo e a vontade de se integrar dos caloiros para esquecerem as inutilidades que são durante o restante ano, só digo isto: quando sai da faculdade, muitos daqueles que se apresentaram à minha entrada como doutores ainda lá ficaram. Não generalizo, mas parece que isto de gritar com os caloiros e andar a galar as caloiras tira algum tempo ao estudo...

    ResponderEliminar