30 de março de 2011

Mercados: Religião oficial do Estado Português

“Uma mudança de Governo "aumentaria a confiança de Portugal" junto dos mercados e dos demais governos europeus. A convicção é do secretário-geral do Partido Popular Europeu (PPE), a família política do PSD, para quem seria positivo uma coligação que incluísse o PS, mas sem José Sócrates.”


Os mercados são hoje uma divindade que veio substituir as anteriores religiões em termos de definição e controle do poder político.
Os tempos mudam, o clero é hoje representado pela finança e pela banca, são os que definem a ética, a moral e os valores, actuando como a maior força conservadora e castradora da evolução social.
Mantêm a sociedade aprisionada no paradigma da exploração e decretam o fim da história.
Os partidos que defendem a actual linha de pensamento dominante deixaram de ser agentes políticos para passarem a sacerdotes dos mercados.
Passos Coelho e José Sócrates receberam as credenciais em Bruxelas que lhes conferem a ambos o poder de governar o país, segundo as leis desta religião.
São os dois bispos que concorrem para o lugar de cardeal patriarca.
PS e PSD trazem a mesma doutrina, o evangelista é que difere.
Citando Marx: “o governo não é francês, nem inglês nem alemão; o governo é o capital”.
Nas próximas eleições é impreterível que os portugueses não votem no seu evangelista preferido, mas que votem por um Estado Laico.

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