17 de fevereiro de 2011

Moção de Censura: Uma questão de Democracia

Deixei a poeira assentar antes de escrever o que penso sobre a moção de censura do ponto de vista estrito da análise do que é o sistema político que escolhemos para nos organizarmos em sociedade.
Numa Democracia representativa, os agentes políticos são eleitos para cumprir um programa eleitoral que propõem aos cidadãos.
É segundo este contrato que a Democracia continua a ser o governo dos cidadãos por interposta pessoa na qual delegaram a sua representação durante o período segundo o qual o mandato é válido.
Quando um governo está a realizar políticas que não foram a votos, a sua legitimidade está posta em causa.
Confiar no governo eleito até ao fim do seu mandato não me convence pois em Democracia não se atribuem cartas brancas, há que questionar se o seu contrato com quem representa está ou não a ser cumprido.
Por isso o meu argumento para a validade e oportunidade da apresentação de uma moção de censura é simples: Democracia.
Tudo o resto é política.

2 comentários:

  1. Mesmo que o governo cumpra as políticas prometidas está sujeito a moções de censura e por consequência a interromperam o seu mandato.

    Era o que faltava caso não fosse assim!

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  2. Evidentemente estava só a evideciar uma das diversas "pontas" por onde se pode pegar nesta moção.
    Um abraço José.

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