25 de setembro de 2010

Malmequer, Bem-Me-Quer


A tese: 'Governo suspende negociações e promete demissão se PSD chumbar o Orçamento'
(in manchete do Público, 24set2010)

A antítese: 'PSD não negoceia... mas vai deixar passar o Orçamento'
(in manchete do Expresso, 25set2010)

A síntese: 'Cavaco "força" diálogo PS-PSD para Orçamento, Sócrates mantém tensão'
(in manchete do Público, 25set2010)


Ou nada-disso: Aquelas 3 manchetes, uma de ontem e duas de hoje, resumem o discurso da pseudo-crise-política PS-PSD:

O Bloco Central já tem um orçamento, há muito tempo, em linhas gerais chama-se: PEC. Porém encenam esta briga de novela: "diz que me amas!", "diz tu", "tu já não me amas :(", "amo-te muito", "não amas nada...", "amo sim", "amas, amor?!", "amo sim", "não, tu já não me amas..."

O PS vai agarrar-se ao poder até não poder mais e o PSD só vai querer derrubar o governo, quando as sondagens lhe derem indicadores fortes de vitória a solo ou com a muleta CDS.

O "aqui d'El-Rey" desta pseudo-crise política PS-PSD é respondido prontamente por Cavaco. O Centrão finge estar em cisão e o Cavacão arma-se em conciliador daquilo que já estava concilidado: uma união de facto, há muito, consumada por PEC's, actos e omissões.

Dinamizar um movimento para vencer Cavaco é abrir as brechas necessárias para quebrar o betão armado do arco da governação falhada.

1 comentário:

  1. PS e PSD brincam com o fogo porque, agora, só lhes falta pôr o balde de cal, ou qualquer outra modernice para ajudar à decomposição.

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