10 de setembro de 2010

Contem a história dos vossos heróis, mas contem-na toda.

"À notícia do DN de 11-07-2010, sendo colorida na descrição, falta ambição. Podia ter ido mais longe no elogio do heróico fuso. Podia ter informado ou apenas lembrado – à malta mais antiga – que o comandante Alpoim Calvão foi o chefe operacional do ELP/MDLP, organização que se distinguiu pela execução de 7 atentados mortais, 62 atentados contra habitações, 52 automóveis destruídos, 62 acções terroristas não especificadas, 102 sedes de partidos de esquerda atacadas e 70 destruídas. Aquela organização terrorista, cujo chefe político era o general Spínola (talvez por isso foi tornado Marechal), especializara-se na colocação de bombas. Foram eles que me mataram um amigo: o padre Max, candidato a deputado pela UDP, a 2 de Abril de 1976. Dia esse em que, curiosamente, era promulgada a Constituição Política mais avançada do mundo, a nossa, fruto da luta política e social do PREC, que o ELP/MDLP pretendeu sufocar."

Alpoim Calvão e a consolidação do regime
Por Mário Tomé

Jornal "Sol"

Recordando outros ajustes com a história:

O Presidente da República elogiou hoje a “grande coragem” do marechal António de Spínola na luta por um Portugal “verdadeiramente democrático”


O CDS/PP apresentou à votação um texto de pesar pela morte do cónego Melo. Foi aprovado, mas só os centristas e o PSD votaram a favor, com o PS a optar pela abstenção - e alguns deputados "laranja" e muitos socialistas a deixarem a sala ainda antes do voto. PCP, PEV e BE foram contra e os bloquistas abandonaram o hemiciclo durante o minuto de silêncio.



3 comentários:

  1. Pois é, resta lembrar que PCP e PEV permaneceram na bancada durante o minuto de silêncio. Posição a meu ver incompreensível visto que também eles tiveram camaradas vítimas do famigerado MDLP.
    Quanto a Cónego Melo, consta que a estátua (penso que alcança os 15 metros) deste Ex-presidente da Mesa da Assembléia Geral do Sporting de Braga, continua empoeirada em algum armazém de Vila Nova de Gaia e nem o amigo Mesquita Machado lhe vale na homenagem póstuma. Mas não há duvida que tem em Nuno Melo um substituto promissor à altura do seu legado.

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  2. Esta atitude do BE foi das mais corajosas até hoje. Não homenagear um fascista/terrorista.

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  3. O PCP fez de PÉ o minuto de silêncio,os dois deputados dos Verdes ficaram sentados.~

    A bem da verdade histórica.

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