3 de julho de 2010

Saramago: tragicomédia na Chamusca

Chegado da Serra da Estrela, para um fim-de-semana no meu querido Ribatejo, descubro um triste episódio da política local. Folheando os jornais na Marisqueira Campino, em Santarém, descubro que a Assembleia Municipal da Chamusca chumbou o voto de pesar pelo falecimento de José Saramago.

A tristeza do episódio é até maior que o simples chumbo do voto de pesar. O pior foi o sectarismo que levou a este resultado.

O voto foi proposto por Duarte Arsénio, eleito pelo Bloco de Esquerda, e a CDU teve de encontrar uma desculpa esfarrapada para não votar a favor: absteve-se por a moção “não ter sido consensualizada”.

A dimensão tragicómica está na posição do PS. A moção incluía a atribuição do nome do prémio Nobel a uma rua da Chamusca e José Augusto Carrinho, do PS, aproveitou a deixa par afirmar não perceber porque é que se havia dar o nome de uma rua a José Saramago, “quando há tanta gente na Chamusca que o merecia e não tem”. Disse isso e outros mimos, que são rancores que não estão ao nível das funções de autarca.

O sectarismo é triste. Posições como a do PS/Chamusca são tragicómicas.

1 comentário: