Precários Inflexíveis pedem aclaração da sentença e recorrem para o Tribunal da Relação
Tribunal envia processo para Ministério Público porque considera que o PI não cumpriu a sentença.
O movimento
Precários Inflexíveis apagou na segunda-feira dezenas de comentários do
seu blog relativos ao post sobre a Axes Market. Recordamos que a empresa
a Ambição International Marketing interpôs uma Providência Cautelar
para que fossem apagados os mais de 300 comentários ao referido post.
Infelizmente o
Tribunal concedeu à empresa a vantagem de forçar o PI a suspender ou
ocultar não todos mas várias dezenas de comentários de pessoas sob pena
de que o PI pagasse por cada dia de atraso 50€ de multa. Agora, apesar
de ter sido cumprida a sentença, o Tribunal enviou o processo para o
Ministério Público, invocando que pode ter lugar um processo criminal
(sobre um membro do PI), por desobediência, no que respeita à execução da sentença, pois entende a reacção do PI à mesma, nomeadamente o comunicado do PI (disponível aqui) teve em vista "infringir a providência cautelar decretada". Ainda assim, o PI efectuou o pedido de aclaração da sentença e vai recorrer para o Tribunal da Relação.
Cumprindo a
sentença da providência cautelar, e porque não é possível suspender ou
ocultar comentários, o PI viu-se obrigado a apagar os comentários, tendo
guardado, de forma não pública, o seu conteúdo para voltar a divulgar
posteriormente, quando a justiça vier a ser reposta, como esperamos.
- Segundo é do
conhecimento público, não existem quaisquer diligências para averiguar
da veracidade dos inúmeros testemunhos lançados pelos cidadãos.
- O PI,
movimento composto maioritariamente por trabalhadores precários e
desempregados, foi forçado a pagar mais de 270€ de custas judiciais
devido ao processo instaurado.
- Para que o PI possa interpôr recurso terá ainda de pagar mais de 270€ de novas custas judiciais.
- O PI arrisca um novo processo, agora criminal, contra um dos seus membros devido à diligência do Tribunal.
Continuamos a
afirmar que não vamos desistir de reclamar justiça e continuamos a
apelar a todos os cidadãos, grupos e organizações que se manifestem e
intervenham neste tema para que a justiça seja reposta.
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