I
Quis rasgar os poemas
E as filosofias
Éticas e estéticas
E as sabedorias
Senti no frio da matéria
O ardor da distância
Descobri nas palavras ao vento
A cúmplice da frustração,
o par da ânsia
E gritei, por fim,
com toda a violência:
II
Não quero mais cantar este sentimento
Não quero mais contar os dias de desalento
Fim à matemática tétrica e funesta
Fim à métrica castradora das canções
Quero é uma ciência dura transformadora da matéria
Quero é uma ciência de fazer revoluções
III
E a revolta materialista esculpiu com dor
e tempo
Os caminhos sonhados das palavras ao vento
Bruno Góis
Nota: Amor Científico foi escritos a 2 de abril de 2009. Junto com Irrealismo necessário do Amor (Científico), escrito a 3 de agosto de 2009, está publicado aqui.
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