Dedicado ao Fernando Pessa
Aos 42 anos ainda vai um burocrata na sua primeira juventude. Carlos Moedas é o mais jovem entre os juvenis homens de confiança de Passos Coelho. Um Secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro na primeira e ascendente curva da vida política que vale a pena conhecer.
Diz que os melhores anos da sua vida foram passados na Harvard Business School, o ninho dos gestores de elite da economia mundial, para onde foi depois de uma passagem pela gigante francesa Suez-Lyonnaise des Eaux, empresa que abocanhou boa parte das privatizações de águas públicas na Europa, sudeste asiático e América latina. A passagem por Boston rendeu-lhe as boas graças da Goldman Sachs, sim a mesma Goldman Sachs que já nessa altura emitia lixo financeiro a partir da especulação imobiliária, contribuindo com a sua parcela da crise financeira de 2007/2008, Carlos Moedas rumou a Londres para trabalhar em… “aquisições e fusões na área imobiliária”, António Borges foi seu conselheiro e companheiro de jornada. O bom trabalho valeu-lhe a transferência para o Eurohypo Investment Bank (Grupo Deutsche Bank), onde contribuiu com o seu saber na aquisição da imobiliária sueca Tornet pelo Grupo Lehman Brothers, sim esse mesmo.
Um fôlego para recuperar e continuemos a jornada do Moedas. Em 2004 volta a Portugal e aqui ocupa o cargo de director geral da Aguirre Newman, empresa de consultoria imobiliária que determina boa parte do mercado português. O futuro Secretário de Estado aprende rápido e o seu conhecimento da mecânica imobiliária vale-lhe nada mais que um padrinho chamado Grupo Carlyle, o império do armamento e petróleo (o mesmo grupo a quem Durão Barroso ofereceu 45% da Galp em 2004), que fez a Moedas uma proposta que ele não pôde recusar. Sai da Aguirre Newman e lança, em Novembro de 2008, o Crimson Investment Management, com a ajuda e participação dos seus amigos Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches (Norfin), Filipe de Button (Logoplaste) e o agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Segundo o próprio Moedas a aventura começou quando o Grupo Carlyle “decidiu assinar connosco um contrato de exclusividade para procedermos à procura e á gestão dos activos que eles futuramente irão deter em Portugal através do seu fundo número 3”. E o Grupo Carlyle confirma, lembrando que já possui parte do Freeport em Alcochete.
Depois desta odisseia pelos mares do capital mundial, Carlos Moedas julgou que era altura de dispor o seu saber ao serviço do país. Filiou-se no PSD assim que soou a derrota de Manuela Ferreira Leite e se ouviu o afiar das facas, apostou num cavalo errado chamado Paulo Rangel mas rapidamente percebeu que o Passos é que era.
Passado pouco mais de um ano, Carlos Moedas decide, sentado a uma mesa com a Troika, a nossa vida. E esta heim?
Diz que os melhores anos da sua vida foram passados na Harvard Business School, o ninho dos gestores de elite da economia mundial, para onde foi depois de uma passagem pela gigante francesa Suez-Lyonnaise des Eaux, empresa que abocanhou boa parte das privatizações de águas públicas na Europa, sudeste asiático e América latina. A passagem por Boston rendeu-lhe as boas graças da Goldman Sachs, sim a mesma Goldman Sachs que já nessa altura emitia lixo financeiro a partir da especulação imobiliária, contribuindo com a sua parcela da crise financeira de 2007/2008, Carlos Moedas rumou a Londres para trabalhar em… “aquisições e fusões na área imobiliária”, António Borges foi seu conselheiro e companheiro de jornada. O bom trabalho valeu-lhe a transferência para o Eurohypo Investment Bank (Grupo Deutsche Bank), onde contribuiu com o seu saber na aquisição da imobiliária sueca Tornet pelo Grupo Lehman Brothers, sim esse mesmo.
Um fôlego para recuperar e continuemos a jornada do Moedas. Em 2004 volta a Portugal e aqui ocupa o cargo de director geral da Aguirre Newman, empresa de consultoria imobiliária que determina boa parte do mercado português. O futuro Secretário de Estado aprende rápido e o seu conhecimento da mecânica imobiliária vale-lhe nada mais que um padrinho chamado Grupo Carlyle, o império do armamento e petróleo (o mesmo grupo a quem Durão Barroso ofereceu 45% da Galp em 2004), que fez a Moedas uma proposta que ele não pôde recusar. Sai da Aguirre Newman e lança, em Novembro de 2008, o Crimson Investment Management, com a ajuda e participação dos seus amigos Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches (Norfin), Filipe de Button (Logoplaste) e o agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Segundo o próprio Moedas a aventura começou quando o Grupo Carlyle “decidiu assinar connosco um contrato de exclusividade para procedermos à procura e á gestão dos activos que eles futuramente irão deter em Portugal através do seu fundo número 3”. E o Grupo Carlyle confirma, lembrando que já possui parte do Freeport em Alcochete.
Depois desta odisseia pelos mares do capital mundial, Carlos Moedas julgou que era altura de dispor o seu saber ao serviço do país. Filiou-se no PSD assim que soou a derrota de Manuela Ferreira Leite e se ouviu o afiar das facas, apostou num cavalo errado chamado Paulo Rangel mas rapidamente percebeu que o Passos é que era.
Passado pouco mais de um ano, Carlos Moedas decide, sentado a uma mesa com a Troika, a nossa vida. E esta heim?
É pois, bastante interessante. O problema que sempre identifico em quem vai para outros países (falo por experiência própria) é que há sempre o risco de tentar transplantar medidas de um lado para o outro esquecendo a cultura local. É como trazer plantas dos trópicos para países nórdicos. O sistema americano que a maior parte dos jovens PSDs se especializam não só não se adequa à nossa cultura como também é revelado inadequado para qualquer sociedade a cada dia que passa. A Europa tende a valorizar as pessoas, algo que o sistema americano evita a todo o custo.Foca-se sim em indivíduos mas nunca em pessoas. É sempre uma pena este pessoal do PSD passar umas férias do Verão na costa Este e vir para cá achar que tem as soluções para os problemas do país. E que tal passar algum tempo no nosso país e tentar encontrar soluções que se adequem à nossa realidade?
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