30 de julho de 2011

ao sabor da burguesia..



Cavaco Silva confuso com a mutabilidade tonta dos banqueiros não sabe mesmo o que achar sobre as agências de raiting. Questionado pelo Expresso, e sempre com um bonito ar de resposta, diz ter muita razão quanto à sua mudança de opinião. Quando perguntado Cavaco esclarece: antes devíamos ter em atenção a opiniões das agências de raiting e usá-las como medidores da eficácia das políticas orçamentais e do estado das finanças públicas, agora não devemos, porque a situação é diferente e a Moodys foi injusta com Portugal e com o novo governo. Coerente, até aqui. Contudo, questionado sobre a necessidade de uma agência europeia, Cavaco esclarece, desta vez, que pode ser mais que isso, que estão a ser estudadas possibilidades de não serem tidas em conta as opiniões das agências de raiting, porque os Estados Europeus não podem estar dependentes de três agências Americanas.
O que não se percebe nesta tonto raciocínio é que se a Europa não pode estar dependente de três agência de raiting Americanas, e tem que estudar outras possibilidades, porque é que antes as devíamos ter como vacas sagradas de notação dos Estados?

A conclusão parece-me clara: Cavaco Silva anda com pouco tempo para jantar com os banqueiros Portugueses e não sabe muito bem como se justificar. Nisso a Esquerda é clara: agência de raiting Europeia, pública e independente. Bem diferente do que aí circula: agência de raiting Europeia, privada, dependente dos interesses financeiros.

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