7 de agosto de 2010

Com coerência vamos derrotar Cavaco !!

Tentei fazer um comentário ao post do Bruno Góis “Vencer”. Mas, não sei porque carga de água, os meus comentários desapareceram e por muito que volte a publicar eles voltam a desaparecer. Das duas uma ou ocorreu um problema técnico qualquer com o meu computador, ou algum pirata rasca totalitário decidiu condenar-me por “delito de opinião” :)




E, em todo o caso, deixo aqui as principais ideias do que queria dizer.



…………



Não nos faltam na história os chamados “puros”, que sempre baseados na sua razão e na sua autenticidade “marxista”, viveram fechados em redomas, e enquanto se desdobravam em reuniões para discutir a sua autenticidade, viam o movimento social passar ao lado, e os contributos concretos para o crescimento do campo político à esquerda ainda estão todos por dar. Não estou a acusar ninguém em particular, estou a constatar, e só é afectado por isto quem se deixa afectar.



A candidatura de Manuel Alegre é precisamente o oposto dessa visão ortodoxa e sectária de ver a política à esquerda.



Não nos confundamos: as próximas eleições são presidenciais (apenas) e nelas disputamos um único e intenso combate, a derrota de Cavaco Silva, o candidato da burguesia, o candidato do liberalismo, o candidato do situacionismo, o candidato da flexibilidade laboral, o candidato das privatizações, o candidato do atraso!



E para o derrotar temos de ter uma candidatura que consiga unir o máximo de gente que sendo de esquerda, seja anti Cavaco. E juntar todas essas pessoas - bloquistas certamente, socialistas certamente, renovadores comunistas certamente, independentes certamente, comunistas certamente - é a única esperança que temos de o derrotar.


Há muitos que hoje rejeitam Alegre como um candidato capaz de unir à esquerda para derrotar Cavaco. Mas muitos deles, são os mesmos que há uns tempos (poucos) atrás, diziam que Manuel Alegre devia encabeçar um governo de coligação anti capitalista unitário à esquerda… hum… Alzheimer ou incoerência?


Sócrates, tinha que apoiar Alegre ou partia completamente o PS…



… quem conhece o historial de Sócrates sabe perfeitamente quem é o seu verdadeiro candidato presidencial…!


Mas, entretanto, só por uma questão de coerência, é possível demonstrar como a candidatura de Manuel Alegre, é uma candidatura de Esquerda, capaz de unir à Esquerda, para assim derrotar a Direita conservadora, liberal e situacionista!!!



ALEGRE CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES !





ALEGRE POR UMA OUTRA ECONOMIA EM PORTUGAL E NA EUROPA





ALEGRE ANTI REVISÃO CONSTITUCIONAL





ALEGRE PELA DEMOCRACIA E CIDADANIA NO URBANISMO





ALEGRE CONTRA A DITADURA DE OBIANG





ALEGRE CONTRA O DESEMPREGO





ALEGRE CONTRA O PEC

26 comentários:

  1. João, esse pirata não deve ser a favor do Estado de direito socialista. E (diferentemente dos verdadeiros piratas libertários) deve ser uma de duas coisas: ou daqueles piratas-ultracapitalistas, ou daqueles que preferem uma interpretação anacrónica da ditadura do proletariado.

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  2. Pois, realmente estava a estranhar os teus posts aparecerem no meu e-mail, mas não aparecerem nos comentários ao post do Bruno.

    Não concordo que a candidatura de Manuel Alegre seja o oposto do sectarismo e da ortodoxia de quem se fecha em redomas e discute para dentro. Penso que Manuel Alegre é uma figura obscura da política portuguesa, que levanta inúmeras duvidas em relação ao seu posicionamento. Na realidade, a grande questão é se ele será incómodo para o Governo de Sócrates ou se será um aliado. Apesar das críticas que ele tem feito a Sócrates e ao PS, ele continua a reafirmar o seu apoio a este Governo. A sua anterior candidatura foi de ruptura, entrou claramente como um candidato à esquerda do PS, e ainda assim o BE e o PCP apresentaram candidatos próprios.

    Um candidato unitário da Esquerda só seria possível sem esperar por nenhum D. Sebastião (já que estávamos nessas analogias), só seria realmente possível e desejável se existisse uma discussão - não apressada pelos habituais controleiros - nesse sentido. Antes de se discutirem nomes, deveria discutir-se que candidato é que se quer. E a realidade é com Manuel Alegre não sabemos com o que contar. Para uns é o candidato unitário da Esquerda, para outro é o candidato do Governo. Ora, não é nem uma coisa nem outra, sendo ambas.

    Fechares a discussão apenas num único ponto - a derrota de Cavaco - parece-me extremamente superficial. É um passo para que tudo fique tal e qual como está. É precisamente por motivos como esse que não me faz sentido apoiar Alegre, porque não se discute o que se quer fazer e mudar, discute-se o que se deve evitar, discutem-se votos, nada mais, nada menos.

    Em relação ao teu ponto sobre a mudança súbita de posicionamento em relação a Alegre estou de acordo (não é o meu caso). Mas aí podes usar nomes como exemplo: lembro-me da manchete do jornal do Ruptura/FER há cerca de um ano e meio, que defendia um entendimento entre o BE, o PCP e Manuel Alegre com o apoio da CGTP (infelizmente tal manchete não se encontro no site do Ruptura/FER). De qualquer maneira, o BE acabou por fazer o mesmo ao apresentar um candidato próprio há 4 anos, Francisco Louçã, e agora apoiar Alegre numa 1ª volta.

    Eu não nego que o Manuel Alegre diga umas coisas de esquerda. Mas diz outras tantas que não cabem nem na esquerda nem na direita porque são um vazio e um nada - umas palavras de campanha, ou então começa por defender os coitados dos empresários que andam deprimidos. E a realidade é que Manuel Alegre, desde sempre, mostrou que defende aquilo que mais lhe convém. E é só por isso que o PS decidiu apoia-lo.

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  3. 1. Um tiro no pé em que não deves insistir: usar a palavra coerencia quano o assunto é o alegre.

    2.Uma tática que funciona mas não se usa entre camaradas: insinuação. Se não queres acusar ninguem não acuses, se queres acusar alguem de coisas tão bonitas como Alzeihmer chama as coisas pelos nomes, como fez o Yuri.

    3.Sim, o Ruptura/FER foi a primeira e única força a propor a unidade da esquerda CONTRA com o governo Sócrates (não confundir CONTRA com COM).

    4.Propunhamos uma unidade entre Alegristas, BE, PCP e CGTP, primeiro para lutar na rua contra o governo, depois para construir uma aliança para o substituir.

    5.Essa aliança tinha um programa, contra o código laboral, pela Nacionalização da GALP e EDP, aumento salarial, emprego para todos. Só uma candidatura desse género romperia com a lógica bipartidária e construiria uma 3a alternativa à esquerda. Mas hoje é nessa lógica que se escuda o BE. É a esquerda (BE+Alegre+mais o governo mais à direita desde o 25 de Abril, como dizia o Louçã) contra o Cavaco. Não estás connnosco tás com eles...

    5.Nas legislativas tal lógica será mortal, tal como o foi para a Refundazione ou o Izquierda Unida.

    6.A unidade PCP/BE/Alegre revelou-se impossivel. O PCP é contra a Unidade. O BE não quer unidade CONTRA sócrates. Alegre quer ser o candidato da "esquerda possível" ou seja, de Sócrates.

    7. A mui coerente direcção do BE acusou o Ruptura de ter ilusões no Mauel Alegre, que era um reformista e um social-democrata. Devem ser os puros a que te referes. Isto quando Alegre se candidatou contra o candidato presidencial do governo e votou contra o codigo do trabalho.

    8. Depois de Alegre apelar ao voto no Sócrates e de se perfilar para ser o candidato presidencial do PS, aí sim a direcção esquece o seu sectarismo anterior e o Sr. que antes era refromista passa a ser uma maravilha.

    9. O Ruptura/FER propunha uma unidade com programa, se as demais forças rejeitassem publicamente eles é que se queimavam. Porém ao não faze lo, o BE deu espaço para que o PCP nos chamasse, e com razão, de sectários. A direcção do BE propoe um apoio incondicional a Alegre, o chamado cheque em branco. E com isto dá metade do seu espaço eleitoral ao PS e outra metade ao PC. Suicida se eleitoralmente.

    10. Alegre vai perder. Acho q só por saber isso a direcçao do BE o apoia. Até eles sabem que o Alegre se fosse eleito iria aporvar os vários PECs, as privatizações ou as guerras que aí vem. E tanta coerencia seria desatrosa para o BE. E Alegre vai perder por um motivo: porque é o candidato de um dos governos mais odiados das últimas décadas.

    11.Por falar em Coerência, olha aqui o Alegre a dizer que o PEC é inevitável:http://www.manuelalegre.com/202000/1/000609,052010/index.htm
    Melhor ainda: defende que os sindicatos deviam apoiar o PEC. Não sei como a UDP consegue, msm q timidamente, defender ao msm tempo uma greve geral e um candidato que acha que os sindicatos deviam apoiar o PEC. É uma coerencia que me escapa.

    12.Por fim a coerencia maior de todas: Luís Fazenda mente, em Convenção, ao partido: http://convencaoextraordinaria.blogspot.com/2010/05/fantasia.html

    Dsc escrever tanto, não fosse tanta a incoerencia e escreveria menos.

    Manel Afonso

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  4. Com o log in feito os meus comentários desaparecem por isso escrevo em anónimo, mas assino: João Mineiro.


    Yuri,

    Deixo já a minha respota ao teu comentário, ao Manuel responderei amanhã, ou ainda hoje à noite, que não tive tempo ainda de abordar os pontos todos.

    Quando Alegre anunciou a sua candidatura, imediatamente uma fracção do PS demarcou-se, muitos dizendo que nem votariam nele, e assistimos até a discursos de “falta de carácter”. Ou seja, enquanto que uma fracção do PS, uma fracção historicamente mais à Esquerda – sim porque também há gente de Esquerda no PS, eu não tenho a formula da exclusividade – se junta imediatamente à candidatura, uma outra fracção conotada com as posições mais liberais do PS demarcou-se imediatamente da candidatura. O PS dividiu-se…

    Perante isto, Sócrates só podia apoiar Alegre porque se não o fizesse estaria a dar um último golpe para a divisão do PS. Decidiu apoiar, mas a pergunta é: qual dos dois candidatos, Cavaco Silva ou Alegre, mais se aproxima politicamente de Sócrates? Com qual é que nos últimos anos melhor Sócrates se entendeu? O verdadeiro candidato de Sócrates é Cavaco Silva e tudo o que a sua candidatura representa, o apoio a Alegre é uma mera táctica que tinha de a tomar, estava entre a espada e a parede.

    Mas alguém sonha que derrotamos Cavaco com pequenas candidaturas? Alegre no é perfeito nem o ideal, mas é a personalidade política que neste momento nos permite criar pontes de Esquerda, sim porque Alegre é um homem de Esquerda, e nos permite juntar muita gente para tirarmos a maior referência da burguesia do país.

    E sim é verdade que o BE mudou de estratégia das últimas para estas, mas o percurso político implica sempre mudança porque tiramos lições e fazemos balanços. Ainda assim, o Bloco é um caso de estudo a nível Europeu…

    Para mim a escolha das presidenciais é muito simples, ou encontrava-mos um candidato de que não sendo completamente da nossa linha política, é de Esquerda e permite unir muita gente contra o candidato natural da burguesia, ou então lançávamos novamente uma candidatura nossa, e deste modo dividíamos ainda mais os votos da Esquerda, e dávamos de bandeja a vitória a Cavaco numa primeira volta.

    Não: eu não abdico deste combate!

    João Mineiro

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  5. A politica do mal menor já vigora no Bloco de Esquerda, o manuel alegre é o mal menor...

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  6. João, por mim está td dito, não sei se vale a pena responderes me.
    Eu próprio não ia escrever nada, já que conheces bem a minha opinião. Foi só a insinuação barata sobre o Ruptura que tornou necessaria a minha resposta. E é isso que me chateia, é ver um moço honesto como tu, autenticamente revolucionário enverdar já nesse joguitos das insinuações, de desviar as conversas, de em vez de argumentar ir buscar o que quem discorda disse há uns anos para desviar a conversa. Para não falar da total cumplicidade com os atropelos democráticos evidentes no BE. Quanto a isto perfiro os camaradas que assumem que não nos querem dar democracia, cm o camarada fazenda, do que quem finge que não vê.

    Além da aproximação política ao PS parece me que há tembém uma aproximação metodológica, uma mistura entre o jogo de bastidor do PS e o burocratismo do PCP. E entristece me ver malta honesta como tu e outros ir atrás desse jogo.

    Agora as discordâncias não me entristecem nada, pelo contrário, gosto de discuti las. Mas no BE há cada vez menos quem esteja disposto a tal discussão. A fuga é constante.

    É por isso que algumas das pessoas mais interessantes do BE (Desde o Zé Mario Branco ao Antonio Louçã, passando por tantos camaradas anónimos) se vão embora.

    Era daí que deviam fazer balanços e tirar lições.

    Abraço

    Manel

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  7. Há militantes de esquerda no PS, mas estão no partido errado (bem, dizendo isto até parece que existe um certo, coisa que também tenho imensas duvidas sobre).

    Quem se demarcou dentro do PS da candidatura de Alegre são os sectores mais á direita e os soaristas. Tudo bem. Mas a direcção - que se coloca claramente à direita - apoia Alegre. E apoia por motivos puramente eleitoralistas e porque sabem que Alegre fará tudo o que o Governo lhe pedir. E dá um jeito do caraças, cala (pelo menos parte) da oposição à Esquerda.

    Dizeres que o PS estava entre a espada e a parede entre apoiar ou não Alegre é ridículo. É um argumento que podes decidir, mas não convence. Facto: o PS, um governo claramente de direita, apoia um dos seus militantes históricos mais antigos e mais fieis. Por ser um crítico em algumas coisas - quando pode e quando lhe convém - não apaga os votos a favor dos vários Orçamentos de Estado, projectos lei e afins, durante mais de três décadas. Se prefiro Alegre a Cavaco? Um pouco. Mas faz-me confusão ele ser a solução para o que eu ainda vou considerando um partido de esquerda.

    Essa coisa de alguém ser um «homem de esquerda» não sei bem o que significa. É um argumento totalmente vazio que só serve para ficar bem. Mas é triste ver um partido que iniciou a sua caminhada para ser algo diferente, para contrapor algum esvaziamento que se ia notando cada vez mais no PCP, para finalmente acusar o PS pelo que é, agora virar-se para o discurso do costume. Se o teu sonho é isto, meu caro, acho que as inscrições no PS é só preencher um papel.

    Que há uns posts tenhas vindo com argumentos contra os marxistas que se reúnem e depois uses a palavra «burguesia» de uma forma tão infantil e limitada é um bocado patético. O Manuel Alegre é contra a burguesia? Bem, vamos então ignorar toda a sua vida política e fingir que acreditamos.

    Mas fica orgulhoso no teu cantinho. Ainda bem que estás num partido que é um caso de estudo a nível europeu. O PCP também se orgulha disso, de ser dos poucos partidos comunistas que existem a sério na Europa. Mas o BE iniciou mais tarde a sua caminhada que os outros partidos da «esquerda nova» e está a cometer os mesmos erros. Por outro lado, o BE não é nada de novo, existem vários partidos semelhantes pela Europa fora e com votações mais interessantes (Die Linke na Alemanha - esse sim merece alguma atenção; o Socialist Partij da Holanda...).

    Por fim, confesso que a tua parca visão política do mundo não me espante em nada. O teu objectivo é pequeno: derrotar Cavaco e meter lá outro boneco. Discutir e pensar como se transforma este mundo? Isso deve dar demasiado trabalho, principalmente a um partido com as responsabilidades que tem. Continuem esse combate, o de todos, o do costume, o que permite que as coisas fiquem tal como estão.

    Abraço,


    Youri

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  8. Manuel,

    Como sabes eu respeito-te como socialista, que sei que és. Só que isto não se trata de questões pessoais, são questões que vão muito além disso.

    E, sinceramente, em dois anos e meio de militância já assisti a alguns golpes baixos que criaram alguns anti-corpos, confesso, e há coisas que, feliz ou infelizmente, já não aceito. Nos queremos o socialismo para ontem certo?!

    Não acho que existam atropelos democráticos no Bloco, nem de perto nem de longe, se assim fosse podes querer que não era O Partido, para mim...

    Ainda assim, tu saberás certamente que temos divergências, também na forma de ver as correntes dentro do Bloco e até de organização interna do Parido.

    Mas penso que não devemos trazer a discussão para aqui, e que temos muito a conversar quando decidires pagar uma cerveja num dia destes ;)

    Ate já, João Mineiro

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  9. " as próximas eleições são presidenciais (apenas) e nelas disputamos um único e intenso combate, a derrota de Cavaco Silva, o candidato da burguesia, o candidato do liberalismo, o candidato do situacionismo, o candidato da flexibilidade laboral, o candidato das privatizações, o candidato do atraso!"

    - Alegre é candidato de Sócrates & amigos ( burguesia)

    - Alegre contra o liberalismo: só a brincar//defende convictamente o mercado livre.

    - Alegre contra o situacionismo? O homem é situacionista há 34 anos.

    - Alegre apoiou a flexibilidade

    - Alegre apoiou as privatizações de Sócrates

    - Alegre é candidato da mudança/avanço? E é membro do PS!

    - O apoio do BE (1ª volta) a Alegre é o maior erro político da sua história.

    - O BE apresentava o seu candidato ou da sua área, e mostrava a diferença para a burguesia, assim não! O maior nº de candidatos à esquerda não divide, une na diversidade, provoca a 2º volta: Nobre, BE, PCP e Alegre fazem + que só Alegre.

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  10. Repararam no João a chamar-me atenção para o centralismo? Estas coisas (os atroplementos democráticos que não existem, apesar de a direcção dizer uma coisa em Convenção e decidir outra em Comissão Política) não se discutem aqui!

    Discutem-se no órgão próprio do partido: quando eu quiser pago uma cerveja ao João e discutimos. Somos mesmo um partido democrático! Ainda bem que acabámos com o cnetralismo democrático e demos lugar a centralismo cervejático, muito melhor!

    Aproximação ao sistema é igual a métodos do sistema: os dirigentes fazem o que querem, a base tem toda a liberdade para discutir... no café.

    Felizmente continuo Leninista, centralismo é com democracia!

    (quanto ao resto está tudo dito pelo José Manuel e pelo Youri, com uma excepção José Manuel, não foi o maior erro político do Bloco, foi o maior erros das 17 pessoas que mandam no Bloco, os outros milhares souberam pela televisão)

    Abraço,

    Manel

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  11. Interpreta à maneira que tu quiseres as minhas palavras, aproveita-as em teu proveito, eu apenas disse que nós, eu e tu, temos divergências que podemos discutir quando estivermos juntos (isso da cerveja era uma espécie de metáfora para dizer “uma conversa pessoalmente – não preciso que me pagues cerveja nenhuma).

    Agora se queres pegar nas minhas palavras para dizer que no Bloco existe “centralismo cervejeiro” é contigo, são as tuas palavras, respondes por elas.

    E já agora, ainda bem que no Bloco já abolimos o centralismo democrático há muito, porque se assim não fosse, o Rutura já tinha saído há muito tempo…

    O Bloco é o partido mais democrático da democracia Portuguesa, não é perfeito, às vezes há falhas, mas foi com elas que aprendemos e com elas que crescemos tão positivamente nestes 11 anos… 11 % em dez anos de história… 11 % num partido de esquerda depois da queda do muro…

    Desculpa as palavras mais ásperas mas não gostei do tom da rua resposta, acho que foste desonesto intelectualmente e, pelo menos da minha parte, a discussão acaba aqui.

    JoãoMineiro

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  12. A minha respota ao José Manuel Faria são os links que, voluntaria ou involuntariamente, não foram abertos...

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  13. Eu, sinceramente, acho estas discussões muito pouco produtivas. Ambos os lados apresentam sempre os mesmos argumentos, sem haver qualquer procura de entender e conciliar as diferentes perspectivas.
    Mas camaradas que apoiam uma nova convenção, sejamos coerentes! Acho que aqui somos todos de esquerda, por isso pergunto-vos - que sentido faria realizar uma Convenção em que se esbanjariam milhares de euros, para provavelmente chegarmos à mesma conclusão que chegou a Mesa Nacional? Eu, sinceramente, não estou a ver outras alternativas - candidatar-se o Louçã às Presidenciais seria, como já foi dito, suicídio político e sobre a possibilidade de apoiar o Fernando Nobre, bem, nem sei muito bem o que dizer, mas acho que não tem muitos adeptos. O mais provável era concluir-se que a melhor opção seria mesmo apoiar o Manuel Alegre, ou isso ou não apoiar ninguém.

    Portanto, camaradas, pensemos bem antes de propôr as coisas, e evitemos gastos desnecessários de capital quando este pode ser utilizado para tantas outras coisas muito mais úteis!

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  14. Francisco, a democracia não se mede aos euros, segundo esse argumento nunca havia convenções renovava-se automaticamente a actual maioria, porque, à partida, é ela que vai ser re-eleita.

    João, se houvesse centralismo deocrático no BE não sei porque o Ruptura seria expulso, sempre aplicamos a política decidida em Convenções (desafio-te a procurar exemplos contrários). E não percebo essa obcessão pela expulsão do Ruptura, não somos o narciso...

    Já a actual maioria teria de ser expulsa, essa sim, porque em qulquer partido democrático (centralista ou não) não se pode dizer no órgão máximo do partido que apoiar "um candidato em comum com o governo" é uma "prodigiosa fantasia" e depois... apoiar um candidato em comum com o governo.

    (sim Francisco, é o mesmo argumento de sempre, mas para mim um dirigente que é Vice-presidente da Assembleia da República e já foi líder da bancada paralamentar, candidato à Câmara de Lx etc, em nome da Moção que dirige hoje o BE mentir para todo o partido não é coisa de chutar para canto)

    Quanto à cerveja João, não tenho problema em pagar-ta. Mas o que queria dizer é que o desrespeito pelos órgãos políticos do partido prepetuado pela direcção leva a isto: que conversas sérias se tenham a nível pessoal, ou seja onde se pode ter toda a razão mas não decides nada.

    E desculpa desuludir-te, mas a discussão há de continuar. Pode ser em cafés, em Blogs, etc. Também podia ser nos órgãos próprios, mas isso já vi que não querem.

    Manel

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  15. A discussão já está sobre o funcionamento interno do Bloco de Esquerda, coisa que pouco me importa e pouco sei. Até porque os discursos nas defesas de Alegre são reproduções - mais ou menos panfletárias - do que vem de cima.

    E discutir assim é uma perda de tempo.

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  16. Fazes muita questão de te demarcar do Bloco, Youri, e estás no teu direito. Também por isso e por consideração ao camarada Mineiro, acho inaceitável dizeres: "... Se o teu sonho é isto, meu caro, acho que as inscrições no PS é só preencher um papel." E isso dos "argumentos contra os marxistas que se reunem"... acaso tens o monopólio do marxismo? Não conheces o João Mineiro.

    "discutir assim é uma perda de tempo"

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  17. Manel, Divergirmos sobre qual é o melhor candidato e a melhor estratégia para a esquerda faz parte do pluralismo. Contudo, essa insistência nos passeios entre a adulação e o golpe baixo não são sintomas de bipolaridade, o que seria uma doença e teria de se respeitar a situação, mas um método de trabalho que vais aperfeiçoando contra aqueles que são camaradas do mesmo partido a que pertences. Lamento.

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  18. "Francisco, a democracia não se mede aos euros, segundo esse argumento nunca havia convenções renovava-se automaticamente a actual maioria, porque, à partida, é ela que vai ser re-eleita."
    Estás-te a desviar do meu comentário, Manuel.

    Segue-me, please.
    A Mesa Nacional do Bloco representa os bloquistas, assim como o Parlamento representa os portugueses. Obviamente, nem sempre as decisões agradam a toda a gente, mas quem toma as decisões fá-lo confiando que é o melhor para o Partido ou o País, respectivamente (se bem que confio mais na Mesa Nacional do que no Parlamento :p).
    Agora um facto: vão haver Presidenciais para o ano. Posto isto, o Bloco tem de tomar uma posição. A Mesa Nacional decidiu pelo que achou melhor, e decidiu que o Bloco apoiaria o Manuel Alegre. Poderia ter havido Convenção para discutir isto, mas para quê esbanjar rios de dinheiro nisso quando, de facto, não há muita coisa a ser discutida?
    Cavaco Silva ou qualquer candidato à direita está fora de questão apoiar, uma candidatura do Louçã ou de outra pessoa do Bloco seria bonito, mas dificilmente serviria para alguma coisa. Apoiar o Fernando Nobre, bem, acho que não há muita gente a apoiar essa ideia, e pensar em um união com o PCP seria interessante, não fossem eles tão anti-bloco. Portanto, que solução? Manuel Alegre parece boa ideia, um candidato de esquerda, não a esquerda ideal para a maior parte dos bloquistas, mas a esquerda possível.
    Manuel, se houver uma outra hipótese que justifique uma Convenção extraordinária, avisa, mas realmente não estou a ver.

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  19. Bruno, tem lá paciência, mas não me parece que possas falar de golpes baixos após estes teus comentários.

    A minha demarcação do Bloco de Esquerda é necessária porque na discussão que se está a ter parece que se parte do princípio de que toda a gente é militante desse partido.

    Com a elevação neste debate que o João Mineiro tem insistido, com bajulações forçadas ao seu partido, o mais democrático de todos, considerando que os outros nada fazem e vivem em redomas, tem uma piada esse teu comentário. Aliás, essa tua segunda citação minha - que parece que foi incompreendida - veio em resposta ao comentário inicial do João Mineiro, que incluiu esta prosa:

    «Não nos faltam na história “os puros”, que sempre baseados na sua razão e na sua autenticidade “marxista”, viveram fechados em redomas, e enquanto se desdobravam em reuniões para discutir a sua autenticidade, viam o movimento social passar ao lado, e contributos concretos para o crescimento do campo político à esquerda ainda estão todos por dar.

    A candidatura de Manuel Alegre é precisamente o oposto dessa visão ortodoxa e sectária de ver a política à esquerda. (...)»

    Após esta maravilhosa prosa lá o João Mineiro desculpou-se afirmando que isto não era uma acusação e que só enfia a carapuça quem quer. A mim parece-me antes falta de frontalidade. Mas é verdade, eu não conheço o João Mineiro, nem ele me conhece a mim para vir com essas prosas. Portanto, não há paciência para esse teu comentário sobre o meu suposto monopólio marxista.

    Mas não vale a pena discutir por duas simples razões:
    1. O discurso panfletário de defesa do seu partido acima de tudo, reproduzindo o discurso oficial. Manuel Alegre é o candidato contra Cavaco, contra a burguesia (!) e ele é que une a Esquerda.
    2. O segundo ponto é mesmo essa suposta união. Quem quer unir a Esquerda sem discussão, decidindo passar por cima de todos, quase que como são esses - os que decidiram -, afinal, os puros e esperam todos os outros os sigam, não pode ser levado muito a sério. Ignoram-se os argumentos contrários e pega-se no menos essencial transformando os que discordam numas pessoas que não valem a pena ser ouvidas. É «inaceitável».

    Por isto tudo é normal apoiarem Alegre. Alegre é a não-discussão que tanto vos dá jeito. É o «possível».

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  20. Yuri,
    Caso não saibas (parece que não) o meu comentário não foi para ti, (repito: NÃO FOI PARA TI!) foi para discussão e não sei porque é que de um momento para outro decidiste ler o que não estava escrito. Interessou-te essa suposição não?

    Nada de novo, porque a verdade é que não percebes-te um pingo do meu comentário inicial. Essas pseudo interpretações que fazes, são uma mera deturpação do conteúdo.

    Eu disse, e repito, que na história não faltam os puros, que dizem ter sempre a razão e toda a autenticidade marxista mas que na verdade vivem em redomas fúteis e nada contribuem para a luta social e para o crescimento do campo político à esquerda.

    E disse-o para dizer que a candidatura do Alegre é precisamente o oposto a essa visão sectária, permite-nos alargar e incluir muitas pessoas de Esquerda para derrotar o candidato natural da direita.

    E esse meu comentário é dirigido frontalmente a todos os que na história e na actualidade preferem manter a sua aparente razão, a sua aparente autenticidade marxista, vivendo numa absoluta redoma.

    O Bloco nasceu também disso, dessa rejeição da ortodoxia barata e sectária, permitindo sem preconceitos encontrar pontos comuns de convergência e de combate… deve ser isso que vos assusta tanto, como tanta gente tem assustado em 11 anos de história…!

    As restantes deduções, podes ficar com elas para ti. É que nem sequer conheces o funcionamento interno do Bloco para essas afirmações.

    JoãoMineiro

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  21. A tua simplificação dos ‹‹puros›› defendendo uma espécie de linha justa, a que permite ‹‹sem preconceitos encontrar pontos comuns de convergência e de combate››, acaba por encalhar numa espécie de vazio. Vocês têm razão porque são contra as redomas e a ortodoxia barata (?), portanto toca lá a apoiar o candidato do possível.

    E eu que pensava que o Bloco de Esquerda tinha nascido precisamente contra isso, contra o que é meramente possível. Contra a política do possível do PCP, por exemplo (que também fez o mesmo em casos bem mais assustadores que este). Repetir o que já foi feito, é para isso que nasceu o BE?

    O BE não nasceu do dia para a noite, nasceu de um vasto conjunto de experiências interessantes, de debates que se tiverem durante anos sobre a vida e a política. É uma pena que se tenham aburguesado e se tenham transformado em mais um partido. E não no partido que realmente juntasse gente e discussão.

    E isto não é tanto o funcionamento interno do BE. Não estou aqui a discutir o que foi dito no congresso e em reuniões na mesa nacional. Estou a falar de um ponto de vista de um gajo que vê um dos partidos com qual poderia contar tomar decisões que não procura esses pontos comuns com quem deveria interessar, mas vai procura-los precisamente à burguesia - a quem nos tem fodido desde 1974.

    Portanto, o que me assusta não é nada disso. E nada disto mudar. Isso é que me assusta.

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  22. Ainda que não concordes com o apoio ao Alegre, esta é uma escolha política em 11 anos de história, e há muito Bloco para além disso, tu sabes disso porque certamente já estives-te com muitos bloquistas em movimentos sociais. E o meu Bloco é esse, o Bloco que está na luta social e socialista, que a erriquece mas que a respeita, a questão Alegre é um momento político, ainda que eu seja favorável a ela, acho que no fundo todos caminhamos para o mesmo, com divergências em alguns pontos, mas com muitas outras coisas que certamente nos unem...

    João Mineiro

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  23. Desculpa se fui um pouco rude na forma como respondi, mas tu sabes como são as discussões políticas, todos nos exaltamos sempre um bocado.

    Abraço, João Mineiro

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  24. Não te preocupes, nunca levei a mal a rudeza nestas discussões. Até porque tenho consciência de como eu falo e escrevo.

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  25. Já agora aproveito para também participar no fecho da discussão :) Peço tb desculpa eventualmente pelo tom, mas faço minhas as palavras do João e do Yuri. E peço desculpa ao Yuri pela convensa tão "bloquista" mas como dizes tamos a falar de algo maior, de uma revolução. E de haver ou não uma força política para a puxar pra frente. E nesse aspecto o funcionamento do Bloco tb interessa a quem está de fora, porque esse funcionamente pode dificultar ou facilitar essa revolução. Desde que não nos esqueçamos que por mais que pareçam tricas esamos a falar da vida del milhões de pessoas,o tom não incomoda.

    Acho que não caí na adulação nem no golpe baixo, mas tb não percebi se era disso que o Bruno me acusava. Se caí, desculpem, tanto uma como outra são coisas que me repugnam.

    Manel

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  26. Só tive pena que não tenhas respondido ao meu comentário, manel ;)

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