Joana Marchão, joga à bola (e muito bem) desde pequenina. Por causa das regras da Federação, a Joana chegada aos 12 anos teve de sair da equipa de infantis do Benfica de Abrantes: impedida de jogar com os rapazes. Felizmente, a Joana não desistiu, nem mudou para o futebol de salão, que não era a sua modalidade. É uma jogadora de futebol de 11 e assim se mantém: deu um salto em frente e foi jogar para a equipa feminina do União de Tomar (fonte).
Deixem a Joana jogar. Pelo que se vê nesta reportagem, a Joana é uma boa jogadora e uma líder. É para mim inaceitável que a Joana não possa continuar a jogar com pessoas da sua idade e que tenha de ir para uma equipa sénior "feminina". O argumento dos balneários é das coisas mais estúpidas que se pode invocar. Desde os 7 anos que se equipa à parte, isso nunca foi problema e essa solução perfeitamente enquadrada na cultura vigente (e que não fosse!).
Nos casos como "futebol vs futebol feminino" ou "partido vs partido das mulheres", há subjacente um milenar problema da ideologia conservadora: a ideologia do domínio do Patriarcado.
Como já disse certa vez, o feminismo não é uma ideologia ultrapassada é antes uma ciência para a superação da opressão patriarcal. Superar o patriarcado e o capitalismo, superar todos os sistemas de opressão, esses são os objectivos de um socialismo verdadeiramente científico.
Joana, eles têm é medo que lhes tires a bola.
Força, Joana!
Sem comentários:
Enviar um comentário