O promotor público aposentado Plínio Arruda Sampaio, 79, foi eleito no final da tarde deste sábado como o pré-candidato do PSOL à Presidência da República nas eleições deste ano. Sampaio recebeu todos os votos dos 89 delegados presentes à 3a Conferência Eleitoral Nacional. A decisão unânime confirma as expectativas criadas após a declaração de apoio da maioria dos parlamentares do partido à pré-candidatura de Plínio e as manifestações prévias de voto de pelo menos 78 dos 162 delegados eleitos nas conferências estaduais.
O ex-deputado federal Babá, que também concorria à indicação, decidiu, no último momento, retirar sua candidatura e chamou seus apoiadores a votarem em Plínio. Martiniano Cavalcante e os delegados que votariam nele como representante do PSOL não compareceram ao evento e sua candidatura, portanto, foi considerada retirada.
Para Plínio, o debate socialista enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua história no Brasil, diante da sacralização da figura de Lula no conjunto da população. “O desafio é criar o consenso entre os excluídos e consciência política para enfrentar o capitalismo”, disse.
Entre os pontos que o PSOL deve defender na campanha, que pretende fazer o contraponto à falsa polarização entre PT e PSDB, estão: o fim do pagamento dos juros e a auditoria da dívida pública; a implementação de um verdadeiro programa de reforma agrária, incorporando o estabelecimento de um limite de 1000 hectares para as propriedades rurais; uma política de reforma urbana que tenha como base a desapropriação dos imóveis desocupados para especulação imobiliária no país; o combate à privatização das florestas, à transposição do Rio São Francisco, à construção da usina de Belo Monte e aos transgênicos; entre outros.
“Esta é uma hora histórica. Somos contra o sistema, queremos transformar a realidade. Este é o nosso desafio nesta campanha: falar a verdade e plantar a semente do socialismo em nossa sociedade”, declarou Plínio.
Em relação às alianças para o processo eleitoral, Plínio defendeu a retomada da frente de esquerda, com PCB e PSTU, repetindo a coligação realizada em 2006.
fico contente com esta notícia: espero mesmo que permita reactivar a frente de esquerda com o PSTU. Qual é a posição do plínio quanto ao financiamento da campnha por empresários? é uma das questões que dividiu os candidatos e que é uma questão de princípio para a proposta de frente de esquerda do PSTU... candidatura socialista não é financiado com dinheiro dos patrões!
ResponderEliminar... já agora, fica provado como é possível e salutar o debate interno para decidir candidatos, tomemos nós esse exemplo agora!
Manel Afonso
Acho que o problema será maior Manel. Parece que o debate longe de unificar ainda dividiu o já enfraquecido PSOL, terminando com o sector de Heloisa Helena em rota de desacordo total com a nomeação de Plínio. Por outro lado tanto PSTU como PCB parecem fazer finca pé no candidato próprio.
ResponderEliminarCom a burguesia pendendo para o PSDB de Serra e com o peso de todas as benesses de 8 anos de governo populista de Lula (que puxará os cordelinhos da candidatura de Dilma Rousseff) o caminho da esquerda brasileira não será fácil.
Até Outubro veremos.
Não será não. Entretanto saiu a posição do PSTU sobre a vitória do Plinio ( http://pstu.org.br/ )de facto é muito dura, enventualmente com motivos para isso. Não deixa é claro se mantém a proposta de Frente de Esquerda, mas julgo que sim, embora com uma condição ( o não financimaneto de empresários à campanha ) e uma proposta de candidato, o Zé Maria, que podem dificultar a frente conforme as posições do PSOL, embora a segunda penso que seja passível de mudar.
ResponderEliminarA ver vamos.
Manel