James Petras, aquando da sua passagem pelo Porto há 10 anos atrás, dizia:
Na Europa do Sul, as crises e a reavalização da trajectória dos anos 70, pode levar a um revivalismo do “espírito de 74”; as crises trazem o que há de melhor e de pior nas pessoas. Para as classes dominantes em declínio há sempre a ameaça da repressão para manter o poder e para subsidiar as suas perdas; para as classes populares, conselhos, assembléias, solidariedade – a re-emergência da cidadania em vez da relação patrão-cliente”
Ora, se é certo que no primeiro parágrafo Petras se referia, sobretudo aos governos de González, Prodi e Guterres nem uma vírgula do texto seria desajustada actualmente a Zapatero, Papandréu ou Sócrates. A verdadeira questão temporal e política da esquerda é o facto de os primeiros terem vencido e os segundos, apesar de vacilantes, continuarem a vencer.
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