Hoje de manhã no discurso do 25 de Abril em Santa Maria da Feira citei Sérgio Godinho convencido que estava a delimitar fronteiras entre um projecto de esquerda e um projecto de direita para a sociedade:
"Entre as muitas cantigas de Abril vem-me hoje à memória uma frase batida: “Só há Liberdade a sério quando houver a Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação, quando houver liberdade de mudar e decidir, quando pertencer ao povo o que o povo produzir…”.
Esta estrofe de Sérgio Godinho demonstra bem o sonho que se quis materializar em prática na sociedade portuguesa a fim de apagar a pesada herança da guerra, da pobreza, da perseguição, da tortura, da fome, da ditatura.
36 anos volvidos em Democracia continuamos a ter um país, apesar de muito diferente, ainda demasiado desigual para tantos.
É o país dos 2 milhões de pobres, do endividamento em 135% das famílias portuguesas, do milhão de trabalhadores e trabalhadoras precários, dos 10% de desempregados. "
(...)
Até que me deparo com o discurso de Aguiar Branco que igualmente cita Sérgio Godinho (Lenine e Rosa Luxemburgo) para defender uma revisão liberal à Constituição da República Portuguesa.
Isto realmente há coisas do arco da velha.
Sem comentários:
Enviar um comentário