4 de julho de 2012

LGBT: Da visibilidade à indiferença

Tenho a sorte de ter duas amigas que são mães de uma menina e um menino. Para mim o que as torna especiais são as suas características enquanto indivíduos, a maternidade é apenas um dos aspetos dessas minhas amigas. Acresce que para grande parte da sociedade a circunstância de serem as duas mães das mesmas duas crianças é algo de controverso. Não considero que esse assunto seja sequer discutível, perdoem-me a arrogância revolucionária. E permitam-me que esteja disposto a defender com a necessária violência simbólica (ou não) estas famílias.
Conheço mais uns quantos casais gays e casais lésbicos que davam ótimos pais e ótimas mães também. Infelizmente ainda é pouca a visibilidade social destas famílias, nomeadamente ao nível da produção cultural. É necessário um aumento progressivo da visibilidade pública de forma que se torne saturante até chegarmos à bela da indiferença (conforme o vídeo que em baixo recordo, uns fantásticos 33 segundos de publicidade institucional que são um ótimo resumo desta ideia).
Sobre as (estupidas) leis da adoção não vou falar agora, sugiro outra nota da qual sou co-autor: ... Mas não podem ter filhos!
Entretanto, no capítulo da visibilidade, está a ser dado um importante passos com este contributo que vos convido a ler e visitar: Ana Nunes da Silva fotografa. Ana Clotilde Correia conta a história de casais homossexuais com filhos. O projecto com famílias arco-íris vai ter uma exposição e quem sabe um livro.
Um projeto cujo objetivo é chegar a algo como este.

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