3 de fevereiro de 2012

Contra a censura

“Tendo em conta os últimos acontecimentos relativos ao programa Este Tempo e todos os episódios que se seguiram à sua anulação, a direcção de informação da rádio pediu ao final da manhã a sua demissão, que foi aceite pelo conselho de administração”, lê-se no comunicado enviado, ontem à noite, pela direção da RDP aos seus jornalistas.

É uma atitude perante a censura. Não nos podemos resignar, não se pode fingir que nada se passou. A pressão do momento é a da vaga conservadora e reaccionária que hoje, como sempre, faz caminho no poder tecnocrata e tecnocratizante. Basta! Pum! Basta!

A liberdade de imprensa e de opinião são imprescindíveis à democracia. O poder governamental e dos grandes grupos económicos cerca em grande medida o potencial da liberdade de imprensa. Parte desse problema são limitações que o capitalismo impõe à democracia, mas há todo um campo para resistência e para avanço dessa liberdade.

Recordemos Marx, na juventude, falando sobre o potencial da imprensa: "A função da imprensa é ser o cão-de-guarda, o denunciador incansável dos opressores, o olho omnipresente e a boca omnipresente do espírito do povo que guarda com ciúme sua liberdade"

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