4 de agosto de 2011

o partido dos casamentos gays e a minha quase perene heterossexualidade

Diz-nos o inefável Alberto João Jardim que o Bloco de Esquerda é o partido dos casamentos gays e ainda nos pediu que casássemos uns com os outros (certamente à espera, digo eu, de um simpático convite que o levasse para o meio da orgia anti-capitalista, entre whisky, marijuana, abortos e loucura).

Mas acho engraçado que o AJJ diga que somos o partido dos casamentos gays, como se nada mais tivéssemos para dar e como se a luta pela igualdade fosse só uma birra caprichosa desta esquerda caviar (acho que são umas coisas pretas dos peixes, não sei bem, nunca comi, nem é que seja vegetariana, mas...). E o inefável senhor atira-nos à cara que sejamos a vanguarda do progresso social e da justiça como se isso fosse um insulto, uma coisa asquerosa da qual devêssemos ter vergonha. Talvez o conservadorismo deste poeta se sinta preocupado, quiçá minimizado, com o progresso que o Bloco simboliza e com a força que o Bloco, resistente a derrotas, é, para seu pesar e para meu glorioso gáudio.

Mas já sei que as minhas palavras vão ser mal interpretadas. As pessoas adoram interpretar mal as palavras de quem é e faz o Bloco de Esquerda. E já sei que me vão dizer que eu até nem tenho nada de político contra o AJJ e que é por ser gay que lá me vou virando contra ele, movida pelo ódio e pela esquisitice que caracterizam tod@s @s gays. Mas é mentira. A minha heterossexualidade nunca esteve em causa. Passei até algumas tardes a tentar entender se a pessoa mais heterossexual do país era eu, o Zezé Camarinha ou o José Castelo Branco. Porém, vi isto





e deixei que a vitória fosse atribuída a um dos dois elementos masculinos. Se contribuo para que o Bloco seja o partido d@s gays, a culpa é somente do tronco peludo de Alberto João Jardim.

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